segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Chuva!

Momento de solidão,
a chuva escorre pela janela de vidro,
o barulho das gotas,
da água escorrendo pelo bueiro ...
quebram o silêncio da noite ...
dobram o pensamento fugaz ...
um ás ...
um ás na manga,
jogando o jogo marcado,
marcado pelas pegadas,
pelas palmadas,
palmas ...
palmas ao tudo,
tudo que perdemos neste país,
neste condado ...
contado ...
contado o monte de notas,
meias,
cuecas,
sabe-se lá mais onde,
ou quem,
ou como ...
Como a comida,
supro minha vida,
sopro minha vida em direção ...
nenhuma ...
nenhuma multa me autua,
nenhuma culpa me atenua,
as mãos trago nuas!

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