segunda-feira, 28 de junho de 2010

Vuvuzela

A bola rola!
Jogo de copa,
Cozinha,
Cama e
Banho.
Me encanto com os dribles,
Os suingues,
Passes sobre medida,
Gols,
Muitos gols,
Festa e alegria,
Agora mesmo,
Ali,
Agorinha.
Gols,
Vários tipos,
Formatos,
Agonia.
Gols,
Ao som de zumbidos,
Abelhas!
Vespas!
Não, vuvuzelas!
Zumbem!
Zumbem!
Zunem na orelha,
Zoam na cabeça,
Zoam com as imagens.
Vuvuzelas!
Sinceras,
Toscas,
Plebéias ... favelas!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mais!

São três as coisas que devemos considerar enquanto seres pensantes: vida e morte, com toda a sua temporalidade, variabilidade e instabilidade; os amores que podem ser considerados como um combustível do viver; e finalmente a nossa sanidade psico-social. Como um jogo de computador, destes ralos, tipo paciência, jogamos cartas com nós mesmos, criamos castelos com os ases e as damas, um mundo a parte, uma arte, novamente me vou referir a Marte, mas na realidade prefiro Venus e mais ainda a Terra ... mãe de todos em distinção, avó de muitos por obrigação ... petróleo, venenos e lixões, muitas formas, muitos odores trocados pelas matas, pelas flores, pelo perfumes que sinto a morder tua pele fina, que textura! Me atiro a loucura de sonhar, imaginar, representar que em teu corpo estou a navegar, todos os centímetros, todos os cantinhos, todos os carinhos ... um pouco aqui ... um pouco acolá ... navegar é preciso, viver não é preciso, pensava eu que esta frase tinha outro significado, mas, uma menina me ensinou, quase tudo que eu sei. Até mesmos que estas ultimas frases mais parecem saídas de um musica, uma letra, uma melodia e a vida segue imprecisa como naus em busca de uma terra prometida, como os maus em busca de jugulares distraídas ... uma pequena mordida, queria mais, muito mais!

Tarde

Tarde, de sol e frio, inverno ... inferno de frio a gelar meus pés, a bola nos pés, mais um jogo, mas um partido, more one game; de um lado verdes, do outro azuis, e a bola não entra, belo chute, belo fora, bolas foras ... bola agora tem nome, mas na verdade não lembro qual ... que maus ... etc e tal! Quintal, lá trás no quintal o sol bate morno na parede, na parede da planta, na parede que tem a planta que quero arrumar, na realidade amarrar ... na parede, quem sabe uma rede, uma net. Do nada lembrei que minha TV não tem tela plana, não é de plasma nem LCD, apenas TV, que pouco se vê e menos ainda se ouve, também pequena pois a grande já pifou ... pirou, com uma pirueta fez graça, deu risada, na verdade gargalhada das coisas, das pessoas, do próprio rosto ... face barbada, talhada nos tempos nada infinitos, tramada mais uma fase, mais um dia, dia a dia, noite a noite ... lançada mais um jornada ... paulada na lata, pancada na cara; me fala: como são as coisas, as pessoas, como anda a partida; um gol! Agora os verdes tem um e os azuis nenhum ... estranho este universo de uma copa, países, culturas, gente que se encontra, vindo de várias partes, ocupando construções monumentais, espaços colossais, modernidade e tecnologia nascida em meio a pobreza e rixas tribais ... penalidade máxima! Penalti marcado a favor dos verdes ... humm, taco, burritos e margaritas e tequilas para comemorar mais um gol ... festa, alegria bem próxima das vaias e olhares vazios, e o povo pula, grita, vai às alturas e a FIFA fatura!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Bagunça

Bagunça!!! Fuça ai nas coisas antigas, que bagunça! Muitas coisas, muitas mesmo, sem uso, sem função, sem explicação; não apenas coisas: passado! Pegadas deixadas ao acaso, passos perdidos no espaço, um lapso, de memória, de tempo, ao acaso, e por acaso nos prendemos a temas pra trás deixados, e por temas muitos nos deixamos levar pelo acaso? Teu legado, um misto de fúria e rebeldia, de fuga e de fadigas, dos dias, das noites, das manhazinas ... tardes dispersas no monotonia, tela pintada em tons pastéis, cores nulas, mornas, turvas ... curva a curva do horizonte, trajeto direto para a garganta dos monstros míticos, críticos, cítricos ... cachaça com limão, mais uma dose, mais um gole, se entope de álcool, se contorce no sonho devasso, explode em muitos cacos, pedaços ... coisas novas que se juntam as antigas, palavras velhas que se fazem de ninfas, orvalho, noite fria, na noite fria olho pela janela vazia e nada vejo a não ser outra esquina, outras escolhas, outras vidas. Idas e vindas, erga a taça e brinda, brinda a mais um dia na epopéia de tua loucura.