quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tempo

Tempo, novamente o tempo vem assolar meus pensamentos, vem transbordar o rio que me leva em frente ... Margens ... Várzeas ... Pálpebras cerradas como se fosse possível não ver; os passos se vão num compasso que mais parece um retorno, um voltar no tempo refazendo um caminho a muito esquecido, caminhar banido ... Bandido ... Um pé ante pé para não pisar nos que dormem, pulo ante pulos para espalhar os ovos ... Quebrar os vidros, estraçalhar vidraças, telhados e muitas garrafas ... Praças lavadas pelas chuvas, água que não para, que deixa a cidade molhada, pessoas cansadas tentando retornar ao lar, ao bar ... O rio já demonstra certa furia em suas águas sujas, que sobem, que aumentam de volume e amedrontam, assustam os que estão na rua ... Cadê meu guarda chuva? Se eu fosse inglês decerto teria um, mas gosto mesmo da chuva no rosto, de ficar ensôpo ou ensapo ... Que saco!

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