quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tempo

Tempo, novamente o tempo vem assolar meus pensamentos, vem transbordar o rio que me leva em frente ... Margens ... Várzeas ... Pálpebras cerradas como se fosse possível não ver; os passos se vão num compasso que mais parece um retorno, um voltar no tempo refazendo um caminho a muito esquecido, caminhar banido ... Bandido ... Um pé ante pé para não pisar nos que dormem, pulo ante pulos para espalhar os ovos ... Quebrar os vidros, estraçalhar vidraças, telhados e muitas garrafas ... Praças lavadas pelas chuvas, água que não para, que deixa a cidade molhada, pessoas cansadas tentando retornar ao lar, ao bar ... O rio já demonstra certa furia em suas águas sujas, que sobem, que aumentam de volume e amedrontam, assustam os que estão na rua ... Cadê meu guarda chuva? Se eu fosse inglês decerto teria um, mas gosto mesmo da chuva no rosto, de ficar ensôpo ou ensapo ... Que saco!

Perda de tempo

Ouvi há pouco: não podemos perder tempo! Mas como podemos perder algo que nunca achamos, como perder algo que nunca tivemos? Apenas tempo, não o tempo dos ponteiros, não o tempo digital, nem mesmo o tempo da areia ... Tempo do sol apenas, astro que nasce no fim de minha rua, ilumina tudo com raios alaranjados, doce calor, cítrico explendor. Seguir a vida como a noite e o dia, jogo de esconde-esconde ... Onde estas agora? Qual o tem nome? Surge assim como o dia, desaparece na forma da noite ... Boite ... Dançam meninas num ritual nada do mal, tampouco do bem, apenas ritualizam a venda, o corpo, o tempo que agora fustiga os olhos, maltrata a boca, desgasta a alma ... Arma apontada para sua cabeça, alvo móvel, retrátil, fácil ... Já eras! Eras, pedras, ervas ... La hierba, éba lá hierba. Se desfez em fumaça o teu retrato, se desmanchou aos pedaços os teus cacos ... Acorda, acorda ... Já èh de dia e o tempo passa!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Bom Dia!

Mais um ano se foi, passou rápido, como sempre! Como podemos vencer o deus cronos? Como podemos avançar no tempo de maneira mais rápida que o próprio tempo? Nós sabemos e fazemos, sabemos que o tempo não muda, ainda é o mesmo; fazemos nosso relógio interno, ai sim, correr. Bate acelerado o coração de plástico ... não! Ainda não é? Deixe pra logo que ai verás. Veras, primaveras que se vão passando ... invernos, outonos ... e ... verões (gosto mais do verões), quantos verões voce já existiu? Quantos mais existira? Coisa louca não? Ter um começo, meio e fim? Mais ainda ter prazo de validade, mas sem direito ao rotulo. Na verdade não esta escrito, ou mesmo descrito; faz parte do jogo que jogamos no dia a dia, a luta diária ... labuta ... estuda, trabalha, estuda. Corre de um lado a outro, vai de encontro, estatela a cara no muro. Mas o muro não é alemão, o muro não é de cimento, o muro é doce e puro e nos traz a tona ... a lona ... a deriva ... a vida!
Bem a vida!
Bem vindo o dia!
Bom Dia!

Chuva!

Momento de solidão,
a chuva escorre pela janela de vidro,
o barulho das gotas,
da água escorrendo pelo bueiro ...
quebram o silêncio da noite ...
dobram o pensamento fugaz ...
um ás ...
um ás na manga,
jogando o jogo marcado,
marcado pelas pegadas,
pelas palmadas,
palmas ...
palmas ao tudo,
tudo que perdemos neste país,
neste condado ...
contado ...
contado o monte de notas,
meias,
cuecas,
sabe-se lá mais onde,
ou quem,
ou como ...
Como a comida,
supro minha vida,
sopro minha vida em direção ...
nenhuma ...
nenhuma multa me autua,
nenhuma culpa me atenua,
as mãos trago nuas!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Meus defeitos!

Sou guerreiro ...
Um erro ...
Um Cheiro ...
Um beijo na face,
na bochecha ...
Na boca!
Oca a mente flutua,
atua no tempo disperdiçado,
deixado de lado...
Ao lado de tantos sonhos,
ao largo de tantos mares ...
Máres que vem e vão,
quão vividos os andares,
os caminhares sem destino,
sentido ...
Latido de um cão,
um chão que se abre em um caminho doce ...
salgado ...
azedo ...
apimentado ...
Traçado imperfeito como meus próprios defeitos ...
Eleitos ...
Rarefeitos ...
Estreitos ...
Meus defeitos!

Um momento!

Um momento em que a chuva parou,
Um segundo e penso no mundo ...
Nosso mundo que combalido demonstra sua fúria no clima,
Resposta que inunda,
seca,
esfria,
cozinha ...
Raios e trovões,
raios duplos, raios triplos,
como bordão de de uma animação,
um chiste,
uma anedota...
Aldeota ...
Aldeia global vertendo seus dejetos para o rio,
o lago,
regato ...
Retrato de nosso tempo ...
Pets,
neumaticos,
aparelhos portáteis ...
Retrateis ...
Tire uma foto,
um instântaneo ...
Um momento!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Olimpics

Povo festeiro.
Povo faceiro.
Povo olímpico.
Festa,
Musica,
Samba.
Na praia,
Na areia,
No mar.
Na cidade ...
cidade maravilhosa;
morros,
vielas,
favelas ...
tiros de festim,
tiros de fuzil,
ambiguidades mil.
Dois mil
e dezeseis;
atletismo,
hipismo,
esportes os mais diversos,
desportistas os mais variados,
desfile de tantas escolas ...
de samba,
de grama,
de grana.
Evento dos grandes
neste pais relutante!

Um Abraço

Errado!
Pés pelas mãos
Emoção pela razão
no chão
um colchão de ar suspenso no infinito
um bolsão de água
mergulho
afundo nos instintos
afago meu ego
ergo o punho
cerrado
ameaçador
e mostro o dedo
sinal obsceno
que nada
abro os dedos
e te dou um aceno
abro a boca
e te dou um sorisso
abro os braços ...
um abraço!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Crua

In-sen-sa-to! Meus retratos em preto e branco ... em branco em preto; retalhos de passados, colcha de atos ... impensados, imprensados, estados e espíritos ... momentos suaves, tormentas incomensuraveis ... palpáveis ... palatáveis ... sentidos que afloram em segundos, minutos, horas ... mundos criados nas intempéries mentais ... sais minerais ... sai satanás ... às na manga no jogo marcado, mercado onde compramos de quase tudo, de tudo um pouco ... me veja uma água de coco, bem gelada! Sede! Rede pra dormir la siesta, pra pescar o peixe, pra caçar foguetes ... verbetes ... silabas ... palavras ... ditas, não ditas ... não mintas pra si mesmo, não mintas a esmo, não mintas mesmo ... mentira e verdade, nada é de fato a realidade ... minha, sua, nossa ... tosca vaidade ... idade em que já não se pensa mais em riquezas, não se pensa mais em bobeiras ... somente ficar a beira da água, olhando longe, pensando distante, querer gigante ... se expande, se avoluma, se curva diante da beleza do universo ... escultura ... és cultura ... pura ... nua ... crua ...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Saudade

Estou longe agora ... distante o pensamento ainda me faz lembrar ... recordar ... voce, um sonho que se dissipou na própria inconsistência do que chamamos ilusão, na própria inconstância do que queremos ... solidão ... invade, insiste, persiste ... persegue a silhueta esguia; não! Curvilínea! Curvas de teu corpo enebriando meus sentidos, olhos, sorrisos ... que boca ... os dentes, agora suponho mais brancos; um tolo supondo ... suportando ... sonhando ... redondo, redondo rolando, redondo voando, redondo contornando ... estrondo!!! Espanto, me espanto neste pensamento; perdido, me perco em meus delírios ... menina menina, a saudade me invade ... vontade, de te ver, te tocar, te amar ... brinco nos amores, brindo aos autores, brilho como os atores ... uma peça, uma novela, uma vida ... opera da sopa ... me ensopa o suor de uma noite mal dormida na qual vaguei por caminhos conhecidos ... labirintos, lábios lindos ... desejos ... libido!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

fera

Bom cabrito não berra, mas não sou cabrito! Sim sou bicho ... sou fera ... por isso minha guela se esguela, se solta em um grito insano preso por eras ... ervas ... pernas ... pra que ti quero ... rodar o mundo em um segundo, sair na bruma da madrugada, sentir o vento nos meus cabelos ... pelos ... cade minha bela? Ahh este sorisso! Dentes expostos em um sorrir ligeiro, faceiro, te vejo em um foto, um instante ... um beijo ... um cheiro no teu cangote, suave e ao mesmo tempo profundo ... devasso e ao mesmo tempo puro ... urro de prazer ... uivo de querer ... luar ao amanhecer, enlouquecer! Ser ou não ser? Querer e querer! Sim, querer tua pele ... textura de intensa brancura ... macia ... lisa ... menina ... voce menina e como um menino sonhando com tua figura, desejando tua loucura .. desejando te levar a completa esfera de uma ... uma ... uma ... não sei o que dizer, sei apenas querer te prender em meus braços e me perder em teu corpo, meu porto ... eu torto apenas navego como nau sem rumo, sem prumo ... delírio e vertigem ... me atingem.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

apenas

Bandido!
ido
fedido
ido
indo
vindo
contexto indefinido
olhos no vazio ... infinito
mito ... mitos
ritos
alaridos
... grunidos
gritos
respingos de chuva a molhar o rosto
pingos de vida a ensopar o corpo
espreguiço
espanto a preguiça
sacei-o a larica
rica ...
vila
cidade
casa de alvenaria
barro do construtor João
barro ... João
João de Barro
João do bairro
João?
Bairro?
Barro?
palavras ao acaso
letras jogadas na tela
apenas!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

passos

Nem certos, nem errados; meus passos seguem incertos pelo rumo que me vier ... colados no solo os pés mais parecem as estacas de um circo ... dispersos pelos ares meus braços mais parecem tentáculos ... tateiam ... buscam ... imaginam figuras e formas, textualizam o que encontram como palavras, descrevem os seus achados com toda força do imaginário ... otário ... sem honorários ... sem horários ... travado! Queria do circo, não as estacas, mas as cores do espetáculo, a aventura do viajar sem fim ... ir pelos mais variados locais, mais diversos versos soltos da boca de um palhaço ... escárnio ... risos ... malícia e preguiça, preguiça ao ir dormir quando o sol já desperta, sem alertas, sem alardes. Meus tentáculos continuam a buscar palavras, letras e rimas, e eu travado, sem conseguir expressar, sem conseguir alcançar, sem conseguir alçar o voo que me levaria ao infinito ... rio ... rio de mim mesmo frente ao espelho, a cara lavada ... não barbada ... barbada no último páreo, um cavalo? Não! Um cagado!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

pagode na madrugada

Café com samba, cinco da matina ... café com samba, como disse um amigo, recém conhecido, a pessoa acha que a esta hora estamos querendo ouvir este tipo de musica ... café fruto das arábias, combate o sono, o cansaço ... mas não o acaso ... por acaso penso ... por acaso sonho ... por um caso ao fim do mundo vou ... caminhou pela prancha, ao mar lançado ... piratas ... bravatas cantadas num pagode na madrugada, agora meus ouvidos assim como os olhos estão cansados, tento desligar-me do som e não consigo ... samba ... sambas na avenida, nas ruelas e vielas ... fantasias, plumas e paetés ... carnaval no pé, na mente, na gente ... sem dente ... doente ... decadente passa mais uma escola com suas cores, estandartes e passistas ... pistas ... listas de controle ... perda de controle ... espatifo a caixa de som com um tiro de doze, me de agora esta arma que não aguento esta musica!

dersejo

" O Rio de Janeiro continua lindo " e os meus olhos estão vermelhos, parece que tenho areia por dentro das pálpebras ... sono ... cansaço, se pelo menos fosse uma baladinha, uma festinha, mas não, é conexão .... milhas e milhas, me pilhas a olhar para os lados ... me digas se o teu ser esta farto; o meu não está, não consigo saciar a fome de vida, não consigo deixar de buscar os sonhos, dersejos e lampejos, dersejos? Que tropeço! Não corrijo a palavra de propósito, podia até mesmo ter escrito poprósito e qual o pobrema, não tema, não sou Smith mas também o digo ... umbigo ... doisbigo ... abrigo ... a pouco vi uma mulher com uma criança de uns oito anos dormindo em seu colo, não tinha malas, bagagem ... roupas cansadas ... olhar gasto ... isso sim voce deveria temer, isso sim é um problema; pessoas sem teto, sem abrigo, sem nada ... pessoas ... "alo alo seu Chacrinha, aquele abraço".

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Saguão de aeroporto, já toh meio torto de ficar nestes bancos nada ergometricos, ou será que toh é ficando velho mesmo, mas isso não vem ao caso ... lá vou eu novamente para algum lugar ... viajante ... andante ... caminhante ... incessante são meus movimentos rumo a um lugar indefinido ... libido ... exibido ... bandido ... assalto meus próprios sonhos e se não me engano, pago por estes maléficos planos ... roubando ... surrupiando ... sussurrando em teus ouvidos versos esquisitos, expondo aos teus olhos nada mais que os ópios de nossos delírios ... felino ... no braço ... caço ... a espreita as presas não tem destreza e sucumbem diante das garras ... afiadas ... navalhas ... cortam, estilhaçam, destricham ... que texto mais sanguinário, ordinário ... não gostei ... quase apaguei ... mas não; publiquei!

sábado, 1 de agosto de 2009

Bom Agosto

Agosto, mes do cachorro louco do mau agouro ... não! Bom agouro ... agora ... ao gosto, al denti ... pasta ao molho pra saciar a fome do estômago ... sonhos para acalentar o amago ... paro, penso, reflito ... minha imagem no espelho, cabelos, olhos, nariz e boca ... pelos, íris, naso e lábios ... naso? Esta foi por acaso, foi só um causo contado por um cara do mato ... da mata ... floresta ... seres da floresta, ou pelo menos o que resta ... rasta ... arrasta o teu destino no sentido que queiras, no caminho que escolhas, na estrada coberta de folhas ... o outono já se foi, agora é inverno e logo logo primavera ... prima Vera ... estação do ano, pare o trem que quero ir nesta jornada, mas não tenho passagem ... bobagem ... neste trem só não vai quem não quer, só não entra quem se isenta ... tenta ... tenta ir para além de tuas ambições ... buscar alcançar muito mais que grana ... grama, deita na grama e veja o céu repleto de estrelas, planetas ... plaquetas ... silhuetas ... me recebas bom Agosto, bom gosto!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

barba ruiva

Deixei barba! É, acho que deixei barba, mas não pensem que é uma barba barba é na verdade algo que me foi possível devido aos meus pelos faciais ... cabelo estranho: branco, castanho, loiro e até ruivo ... branco, já é idade batendo a porta ... castanho, o digamos original ... loiro, não sei da onde ... ruivo, nem faço ideia ... mescla de povos e de gentes, genes ... mistura de culturas e de razões, tradições ... contradições ... extradições ... expedições que vagaram o mundo, navegaram na madeira por "mares nunca dantes navegados" ... legado transferido de pai para filho e de mãe para filha desde a muito, navegar pelos mares do desconhecido, ir descobrindo, ir domando, ir tomando conta ... conhecimento e poder, os dois maiores desafios da humanidade, como vencer estes desejos gigantes, como deixar de buscar e adquirir o saber, como não utilizar o saber para obter o poder ... o poder, na verdade o poder podia se extinguir, sim, deixar de existir ... imaginemo-nos em uma comunidade sem autoridades, como seria poder não ter poder ... sustentabilidade ... sustenta a tua habilidade ... suspende a tua verdade! Quem me fez grão, não sabe que da terra um grão vira semente, vira árvore, vira gente ... vertente das mais variadas ideias, diversificadas correntes ... mentes visivelmente desiguais debatendo questões universais, me digam: e se em hipótese, remota, mas uma hipótese; se os genes transferissem algo mais além da matéria, como seria esta história? Como seria esta memoria? E agora, qual trajetória?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sorrindo

Instinto, me deixo agora guiar pelo instinto, nada mais apenas insisto ... instinto, não vá me falhar meu instinto ... não vá me falhar ... não venha me falar que são tolos meus escritos pois isso já sei, sei e persisto, o que que é que tem? Não consigo mais guarda-los em meu ser, precisam sair, precisam existir ... sem forma ... sem conteúdo ... sem verdades ... sem mentiras ... tiras de quadrinhos, piadas, pilhérias ... ideias ... quem me dera ser uma ideia, viver assim num relance de luz, crescer assim como uma criança ... florescer na juventude ... labutar de adulto e o enlouquecer do inicio da decadência ... desaparecer não tão velho ... elos da corrente da vida. Saber, saber que os tempos caminham a seu tempo e somos nós, os humanos que estamos em um compasso acelerado, sobrepondo os dias, trocando as noites ... esquecendo das tardinhas, das manhas de sol e noites de lua ... esquecendo de olhar para as coisas e procurar entende-las, vislumbrar as coisas e sentir suas energias ... vagar sem destino ... sorrindo!

o texto perdido, ou pelo menos parte dele.

Toh de muda! Coisas mudam, pessoas mudam, plantas mudam ... "mudo uma planta de lugar" ... ouço uma canção no rádio, não sei quem canta, não sei a melodia, não sei a letra ... melodia que encanta, toma forma, se faz distante, dissipando-se pelo ar ... flutuar ... partícula ... infinita ... levitando. Cigano ... sangue cigano, devo ter parte em algum canto ... andando ... sempre em frente, não me enganando, sou falho, sou fauno ... mundano ... sem planos, anos e mais anos perdidos em equacionar as coisas, tratar que funcionassem, mesmo da forma que aconteciam ... ilhas ... de trabalho ... dias ... nada ensolarados ... enclausurados ... não sou pássaro ... não sou fera ... preciso de ar ... de fogo ... de água e de terra ... face talhada pelo passar dos anos, mãos calejadas de teclar, língua cansada de falar bravatas ... gravatas, essas já foram faz tempo, agora não se usa mais, tanto faz! Ahhh mundo corporativo, és cansativo ... exaustivo, prefiro as batalhas nítidas, me encantam as guerras sem vitimas.

queremos

Apenas um lugar, outro lugar, outro e outro ... torto sigo pelos caminhos ... instintos ... vinho tinto tomado em uma noite fria ... alegria ... festa à Baco ... tinge tua roupa com as cores da uva ... fruta ... novamente fruta, novamente as escolhas são mútuas ... multas ... insultas as normas e por isso não podes deter benesses ... ter poder ... querer crer ... no creo! Danço uma música antiga, cantiga que invade o ar, se propaga pelo lugar ... MP3 pirata ... oh! que mancada, manquei na hora perdida ... mas cantei nos minutos de vida, me conceda esta dança, me permita mover-me na bruma ... espuma de águas calientes ... ondas de líquidos bravios ... nossas naves navegam pelos oceanos mentais na busca por algo que não sabemos, mas queremos!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Texto perdido

Perdi um texto ... um texto inteiro, não acredito, net de merda, vou voltar a escrever a mão! Caneta, papel e armário, não; deixa assim. Então deixo aqui uma homenagem ao texto perdido, se algum dia eu conseguir lembrar dele ... eu escrevo, ou eu posto, bacana ? Toh postando agora, nesse instante ... interessante o espaço tempo agora já meio que se tornou pequeno, pedaço de algo, não vou falar fragmento senão pega mal, a flutuar pelo ar ... respirar ... inspirar ... tão rápido assim eu chego até ai, quase um piscar ... um olhar que se propaga no tempo, no espaço ... conectado tantos mundos, seres e pensamentos ... divagando por todos os possíveis desdobramentos.

Me de outra fruta!!!!

Meu espírito não tem cor,
não tem sabor;
translúcido,
inodoro,
sem sabor ...
me espreguiço na manha sonolenta,
me estico rumo a um mundo que se desdobra,
se descortina em minha frente,
em minha mente ...
carente mente que busca respostas e perguntas,
recusa normas e condutas ...
morda esta fruta ela me disse;
comi até o caroço ...
sem essa moço, sem essa moça ...
nem Eva, nem Adão explicam porque tanto escondem a razão ...
vazão de ideias,
de besteiras ...
palavrões ...
palavras vão, palavras vem
ir e vir,
do zero partir,
ao zero chegar ...
zerar o placar em meio ao jogo,
reiniciar a partida ...
restart ...
me de outra fruta,
me de outra fruta,
maça não!
quem sabe um melão,
um maracujá,
graviola,
cupuaçu ...
sabores que afloram,
sentidos que defloram ...
Paraíso ...
somente um bairro de São Paulo ...
para com isso,
deixa disso,
cisco ...
no olho,
cisto ...
no corpo,
Insisto ...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Isso

Vinha eu, pela orla andando ... sorrindo pro vento ... absorto em meus pensamentos, bobos, tolos, toscos ... ocos! Momento de lazer mental, pensar somente besteira, perece até que corpo se isenta ... bala de menta ... ardida ... refresca ... ilumina ...
Vida
estranha vida
bandida vida
Lida
Lida com a vida
Viva
Viva com a vida
Atrevida
Arte e vida
vida é arte
parte de nós mesmos
meio de tudo isso
e eu com isso
omisso
intromisso
isso
Apenas uma andada pela orla
de Venus
de Marte
de Saturno
e Plutão

Bem & Mal, num faz mal!

Mente opaca que acorda ... desperta de um sono profundo estalando como cascas de uma árvore ... visões de loucura e brancura ... doçura ... açúcar, que adoça o café, que ameniza o limão, que engorda de montão ... que coisa, como dizem: tudo o que é bom engorda ou faz mal ... num faz mal, neh? Bem e mal? Que balela ... que baleia ... que ladeira, descendo a ladeira num carrinho de rolimã, o asfalto passando rápido por debaixo da mãos, o vento fluindo cálido na face de um riso infernal ... astral ... mental ... o que que há no mal, o que que há no bem? Somente a forma como vemos, apenas um relance de tempo, quirela de elementos ... vemos os elementos apenas de relance no tempo ... retrato ... foto em branco e preto exposta em um canto empoeirado, ali ao lado, logo ai do teu lado ... vácuo ... espaço ... pés pregados na crosta terrestre, mãos atadas a quilos de ouro ... mente que mente a si mesma, assim mesmo!

Refesteia

Hoje te digo ... não, não digo nada! Quem sou eu pra falar alguma coisa, quem sou eu pra contar alguma coisa, somente sombra eu sou, somente sensações eu sou, somente uma canção eu sou ... toh ouvindo uma musica ... no rádio ... nem sei quem canta, nem sei a letra, nem sei a melodia ... mais um dia se foi, a noite cai serena, escurece aos poucos, ainda não tem nem estrelas ... clareza, somente o horizonte a oeste se refesteia ... se esbalda na luz do sol ... areia, a areia já fria, ali na praia a tardinha, mania, mania de buscar um mundo em apenas um grão ... areia ... apeia de te tua mula e vem agora pra luta, vem agora pra rua, vem agora mostrar tua raça; as mangas? Arregaça! Que graça os dias ... dê graças aos dias e também as noites, as madrugadas, as tardes, manhas e tudo mais, afinal tudo vale, tudo mesmo, boas coisas, coisas ruins ... que venga! Que venga el toro! Que venga el oro! Que los vientos nos traigan aires de modernidad, que la lluvia deje la vista limpia ... limpa, como a lente dos meus oculos, como meus olhos quando olham o dia que chega ao fim, agora é noite, já temos estrelas e planetas, novelas e noticias, favelas e nobres moradias ... antena exposta no telhado, na varanda, no gramado ... tudo ligado!

domingo, 26 de julho de 2009

desvalorizou

Me altero, vejo o céu azul e me altero ... azul profundo ... azulzinho, povoado por nuvens brancas, branquinhas ... linda tarde após uma manha de chuva, como a natureza pode assim, desta maneira simples ser como uma obra de arte, cores as mais distintas; temas, os mais variados; escola, isso pouco importa ... realismo ... abstratismo ... modernismo; tudo isso e alguma coisa mais, não há como igualar ... arte banhada em arte ... pinceladas de extremo egocentrismo ... tintas espalhadas por sobre a tela ... pedra talhada pelo vento, pela água; água e vento, redemoinho ... rede de moinhos ... moendo ... quebrando ... sumindo ... tempos de novo inicio, momentos de teorias e mais teorias, que surgem, surgem da noite para o dia ou do dia para a noite ... um açoite ... um acinte ... um insulto! Os capitais já não tem mais valor, ficou apenas seu odor, o mundo se desvalorizou.

sábado, 25 de julho de 2009

Acto

Como diria Riolfo: Me cago en vinte! Me digas, me cuentes, a donde esta la estrella del dia ... a donde estas o niña de puras formas ... mira las horas, que pasan, que consomen, que somen en la bruma de los tiempos ... mis miembros en exposición en un calderón ... calderón de bruja ... me escuchas? Me enganas? Me da ganas! Que me dera tener en las manos teus petchos ... teus seios ... perfectos ... par de mamas donde me perco ... me encuentro ... me escuendo. Me recuerdo, me lembro ... mi membro en tus sentidos ... sensibles ... sonidos ... dame tu alma que te llevare al infinito, navegare por tus mares sombrios, te degustare como um postre ... sobre la mesa ... me quieras! Deseo, espasmos, orgasmos ... deseos ... puros deseos, sin pecado, sin recato ... acto!

Olá, tudo bom?

Lembrei de um trecho de música, era mais o menos assim: " o pó da estrada, brilha nos meus olhos ...", este fragmento de fato me marcou, me inspira a sempre seguir pela estrada, sempre ir em frente ... caminhar pelos abismos, pelos caminhos, pelos cantinhos ... destinos, vários são os destinos, não me atino, não me atrito, não me minto ... omito apenas que sei o desfecho, que conheço o ultimo capitulo, tenho ciência de tudo e ao mesmo tempo a ignorância do todo ... tolo ... bobo ... da corte, da plebe, da urbe ... urge a pressa nos meus passos nada largos ... ruge a fera na sua prisão de metal ... nem bem, nem mal ... apenas dois lados da balança ... dois pesos de igual medida ... dois beijos às escondidas ... vias ... veias ... teias de uma aranha, negra viúva que mata para a vida surgir ... ambígua sereia de canto profano, provamos o manjar do deuses, sentimos o luar da noite, curtimos no sol dos dias ... idas ... vindas ... pessoas caminham, brincam, brigam, na água se atiram, no vagar se atinam, se ligam em uma tomada escondida ... energia fina, primária, lendária ... dragões, bruxas e vilões ... fogo e terra, paixão e fúria ... água e ar, me perco nas lembranças de tua figura ... lembrei! A saudade, que coisa estranha, vem assim de mansinho, lá do fundo ... como os tantos fluídos que trocamos ... como o pouco tempo que tivemos ... saudade ... do passado ... do futuro ... do teu sorriso, dos teus olhos ... deusa minha, quero novamente te encontrar na lua ... navegar para Marte .... fazer amor em qualquer parte ... me faz parte, um aparte ... aperto de mãos: Olá, tudo bom?

Perfume

Meus olhos se abrem, tento me achar no tempo e no espaço, meus dedos se movem, sentem algo, se expandem, sentem ... tua bunda ainda esta em minhas mãos ... pele macia ... textura colorida ... carnuda ... tes feminina; linda! Momentos de prazer e êxtase, tuas carnes se abrindo para meus prazeres ... não ... nossos prazeres! Me beija, deixa tua língua ser envolta pela minha, deixa minha pele estar colada a tua, deixa nossos líquidos se fundirem a esmo ... mesmo ... a esmo percorro teu corpo buscando o delírio, o brilho em teus olhos, um grito em tua garganta ...não adianta ... um orgasmo ... vários ... espasmos ... suspiros ... palavras ao pé do ouvido ... gritos ... me embrenho por tua mata, língua, lábios, sentidos ... lambidas, mordidas, suaves toques, incisivos ataques ... me toques, me sugues, me uses ... Deusa ... mulher ... menina ... nada minha, apenas uma vida pra contemplar tuas formas esguias, tuas enormes avenidas ... um caminho ... uma via ... um trajeto indefinido rumo a teu sexo ... que achado ... qual machado cortou este doce recanto ... formas, cheiros, extratos ... perfumes que me inebriam ... me viciam ... iniciam!

La Hierba

Me de a mão, vem comigo rumo ao infinito olhar planetas, falar besteira, colher estrelas ... caminhar por entre meteoritos e asteróides, sentar na beira de uma nova ... sem ligar ... sem se importar com o que dizem ... sem se virar, sem olhar para o que ficou para trás, apenas andar por sobre o manto escuro de um buraco infinito ... negro ... me ergo das cinzas de um planeta extinto, como a fênix ... como meu penis ... como o par de tenis que foi jogado em uns fios, no meio da vila, ali na próxima rua ... esquina ... me aninha em seus braços ò deusa da eternidade, me amamenta em teus seios ò mãe de tantas raças ... me satisfaça os desejos ò mulher de tantas eras ... quem eras .... quem sois ... quem serás? Isso nem o tempo dirá, nem mesmo tua consciência lembrará ... ciência ... paciência ... sapiência. Queime as heras, as ervas ... La Hierba ... cinco folhas em homenagem às nossas passagens ... idas e vindas ... mais um ciclo se fecha ... mais um começo desperta ... mais um vez me despeço!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

tempos

Voce já parou para pensar que talvez eu possa saber muito mais do que voce imagina? Não por nada, mas as lembranças de tempos passados, não estou falando de anos e sim de maiores tempos, outros momentos, outros viventes ... vidas ... que passaram, ficaram no canto do mundo, olhando, crescendo, retomando parte de seus poderes, abocanhando parte de seu legado ... calado ... calado o tempo silenciou sua voz, sentença de esquecimento ... aquecendo o globo, um estorvo, um esboço, caroço; na verdade semente ... somente ... só a mente flutua pelos bravios mares do inconsciente ... cade meu dente? Me de um pente para os cabelos arrumar! Aprumar os fios, densos, secos e branquiços ... cabelos ... pelos ... pentelhos, pela casa espalhados, onde vou deixo meu DNA, o que que há? Impressões digitais, expressões banais, elucumbrações vitais ... nem eu creio nesta palavra, som de lata a branir nos ouvidos ... estampido ... tiro ... rojão? É São João! Fogueiras que ardem pelas ruas, calçadas e lares ... fogo terreno que arde ... uma brasa de muitas idades, muitas realidades ... paisagens impressas na pele como tatuagens ... tinta vermelha a marcar até mesmo a alma.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ouça

Caminhos .... vários caminhos, imprecissos, indecisos, indescentes ... ramanescentes de tormentas, de sedentas, de sonolentas criaturas ... o que procuras? Fama? Ahhhh! Não me venha com dramas, com tuas manhas; não me enganas! Não me esganas! Sou criatura, escusa, eclusa, medula ... modulo os tempos, equaciono os sentidos, elaboro o dia seguinte ... exausto prossigo, perssiguo ... como Sisifo! Ahhhh! Sisifo, o rei tão estudado, tão pensado, tão falado ... apenas um ser mudo que tem por mundo a sua pedra ... "havia uma pedra no meio do caminho" .... "no meio do caminho, havia uma pedra" ... a minha pedra, não é? Não podia deixar de ser, a minha pedra particular; mas não pense que sou egoista, voce também tem a sua ... nua ... pedra nua, e toda sua! Pedras, pedreiras, pedradas ... particulas ... apenas ciscos dos elementos vitais ... antigos ... antigas ... maneiras de se fazer as coisas; não te falo, apenas me ouça. Ouça os barulhos baixinhos, tão baixos que quase não mais podemos ouvi-los ... ouça .... ouça ... mesmo abafados por séculos ainda podemos ouvi-los, sim ouvi-los!

sábado, 18 de julho de 2009

5

Sou bruxo ... uxo ... ache ... ooooxêêê! Me toque o destino, um brilho, um orvalho indefinido ... banido ... dos templos, dos tempos ... silêncio! Ouçamos o silêncio, o que nos traz o inconsciente? Lembranças, metáforas, enigmas e pensamentos, nada mais, nada menos. Olhos plenos a olhar por sobre os elementos, quatro ou cinco? Cinco como a estrela! Cinco como tua silhueta, esticada silhueta ... cinco! Cinco pontas, cinco ângulos, cinco números ... elementos ... essenciais, especiais, elementais; sais de um banho cheiroso, mais de mim mesmo, mais do amanha cedo ... logo cedo, na manha de sol, que brilha, ilumina ... queima a pele e anima a vida ... o Fogo! Fogo silencioso que acalenta o líquido ... que se transforma, toma outra forma ... a Água! Que escorre, se infiltra, se anima no solo, criando vida, florindo a terra ... A Terra! Terra que respira, que pulsa, que precisa do que não podemos ver, apenas sentir ... o Ar! Que alimenta o ser, que faz crescer, que faz surgir o viver ... O Ser!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Instinto!

Diversidade humana ... alma plena ... métodos, modelos ... imperfeitos, os teus feitos são imperfeitos, um misto de euforia e desespero, medos! Medo de viver, de querer, de enfrentar os mundos nos mais distantes lugares, o que fazes? O que fazes de tão importante? O que achas de tão inebriante? Nada! O nada, palavra que me instiga, que me provoca, que me invoca desde a muito. Te conto: tudo o que pensamos, acreditamos, pensamos, sentimos nos faz chegar ao nada, deus supremo dos caminhos e buscas, rei cigano dos traçados e desvios ...um rio ... rio de águas nervosas, rio de margens insólitas, órbitas de um planeta, uma lua, um cometa ... vagar pelo infinito do universo na forma mais distinta que achares ... uma luz, uma vela, uma era ... o que me espera por além fronteira, porta, porteira ... eiaaaa ... segura ai a besta ... eitaaa ... me espere ai na sexta ... feira ... mercado ... besteira! Poeira em alto mar! Ladeia ... ladeia a ladeira, lareira, pedreira ... uma faixa estreita de areia, praia ... sol ... areia. Areia dos tempos a descer na ampulheta de vidro, aguço meus ouvidos ... animal ferido ... todo instinto ...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sou pagão!

Fogueiras, quantas fogueiras espalhadas pela cidade, é São João ... fogo pagão! Fogo pagão que arde, nas festas, nas fogueiras ... tava a pouco falando com o deus vento, que essa época do ano anda muito por essas bandas, ah, quantas coisas lembramos ... meus anos levados por cronus ... meus dias guiados pelo sol e noites, estas pela deusa lua ... nua ... noite nua que se banha no aconchego do deus mar ... é sou mesmo pagão, não tem jeito, quando vi as fogueiras ardendo, no começo não tava entendendo, mas ali vendo o fogo ardendo, a beleza do fogo na chama nada serena, lembrei que os passados estão logo ali do lado, nem pertinho, bem do seu ladinho. Que todos os deuses façam o que quiserem, pois sei, de alguma forma eu sei, que os resultados serão promissores .... valores!

domingo, 28 de junho de 2009

Sunday morning.

Caramba tem alguém por aqui que cozinha magnificamente bem, o cheiro é enebriante e causa a maior fome, e olha que são dez e meia da manha. Manha de domingo, mais um dia, mais uma manha, mais um domingo ... um bingo onde jogamos contra a malícia e a raposa, aposte, aposte na vida que ela vale sim a pena ser vivida, vale sim a pena ser querida ... mágica ... difícil, sim talvez, desprezível, sim muitas vezes ... vale a pena as tantas vezes ... as tantas horas do relógio humano, somos ciganos, somos itinerantes, somos retirantes ... rumo incerto a que me levo, prumo incorreto a que relevo ... revelo que o cheiro da comida em uma manha de domingo, vale a pena ser sentido ... vivido!

Encontro desmarcado!

A fúria demarca meu ser ... vontade de cumprir os requisitos básicos da reprodução ... sexo .. luxuria .. sedução ,,,

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Gooooooooooollll!

Temos momentos que me acho na condição de acreditar que sou louco das ideias, sim loquim de pedra ... ir até o fim de algo, no limite, mas no limite mesmo ... risco, mas que risco. o que tenho a perder? Creio que os longos anos preso e acorrentado a um trabalho exautisvo ja provocaram muitas perdas, deixo agora as coisas fluirem, caminharem na direção de seu destino ... rumo indefinido, meus sentidos aguçados, meus olhos presos no horizonte imediato ... meus olhos tensos olham os infinitos retratos ... cartas jogadas em uma ante sala ... quem fala ... quem cala ... palavras e mais palavras faladas nas reuniões, nas celebrações, nas chateações ... se pudesse fazer os ponteiros voltarem no tempo atrás, teria eu decretado minha loucura muito antes, muito dantes de ter morrido, muito antes de ter murchado ... pássaro calado preso em uma gaiola nada dourada, solte teus brados, solte teus palavreados nos quatro cantos deste quarto ... escritório ... requinte aqui passou longe, mas pra que preciso de luxos, quero apenas curtir mesmo a vida, sentir que não existem mais feridas ... quem acredita? Eu acredito, eu creio que existem sérias chances de dar certo, mas o chegar lá é por decerto muito estreito, nem sei se passo direito ... mas o gol sai nem que seja no ultimo minuto!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Paisagens.

Estas palavras, não pense que são verdadeiras, não as consideres que são mentiras ... apenas literatura ... apenas um mundo paralelo que me atura, no qual flutuo, no qual usufruo de atitudes, de virtudes e de viscitudes ... nem verdade, nem mentira ... nem real, nem imaginário ... nem ficção, nem ação ... somente algo paralelo que vivo e ao mesmo tempo não existo; coisas sugadas do que vejo, do que sinto, do que minto ... pra mim mesmo ... pra eu a esmo ... um aconchego ... saio de banda, saio na banda de meu carnaval, ouço a zabumba tocando no arraial ... pessoas dançando ... sanfona exalando seus guinchos agudos ... som ... música ... diversão. Apenas olho o mundo, enxergo quase tudo, quase tudo que me importa ... comodo sem portas, sem janelas ... nem uma espiadela na paisagem ... paisagem ... me animam as paisagens ... me aninham as paisagens ... pastagens ... margens de um rio ... orla de um mar ... árvores da floresta ... transito pelas paisagens e outras realidades ... verdades!

Humanidade.

A cidade amanheceu calma, um pouco de sol, chuva e agora e tempo meio que nublado e ensolarado ... feriado ... da noite passada apenas as bandeirolas penduradas, as marcas de fogueira nas ruas e calçadas, uma cheiro de queimado que ainda persiste no ar ... ritual pagão encoberto pelo nome santo ... festa para o santo ... ligação direta com o passado, tempo moldado pelos ensinamentos clericais, tempo apagado pelos planejamentos papais ... arde o fogo em sua longa história, as festas persistem mesmo que imbuídas de um novo motivo ... povo antigo celebrando dias esquecidos ... tradição ... menção aos primórdios da terra, mas não desta terra, tudo importado, trazido de fora por colonizadores e aventureiros, eu mesmo um estrangeiro ... mensageiro que não chega com sua noticia, seja boa, seja mesquinha ... noticia ... explode mais uma bombinha, um rojão faz tremer o chão ... pólvora ... bela em alguns momentos, mortífera para tantos esqueletos ... espectros da inventividade humana, aspectos da intervenção mundana ... transformar a arte em morte, transmutar as cores, transladar rancores ... guerras ... brigas ... rusgas dispersas por toda parte ... humanidade!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cidade!

Ah, os pequenos momentos da vida, os traços que deixamos marcados em um papel qualquer ... escritos ... descritos ... cheios de signos. Ah, os pequenos momentos, como podem representar tanto em um transcurso de tempo tão distinto, talvez o instinto, esse nosso amigo que de certa forma nos diz o que fazer, esse nosso amigo que com suas regras tortas desfila por entre as gentes, tramita feito imagem, feito uma paisagem. Idade, qual a nossa idade, em que momento ... não ... em qual dos tantos momentos iniciamos a contagem regressiva ... passiva .... vai passando ... vai levando ... os anos, os signos, as paisagens e as imagens ... passando ... levando ... passos marcados na areia, lágrimas roladas no mar ... riso à toa na tarde que se vai molhando de chuva ... uma forte chuva lavando a rua, que agora nua se exibe feito dama noturna ... dona da rua. Sempre fui da rua escura, andava horas a fio por caminhos, becos e parquinhos ... diversão sem razão, apenas caminhando sem rumo pelas artérias de uma cidade ... grande cidade ... meu ninho ... lugar de exodos e desafios ... lugar de medos e calafrios ... pedra cinzenta, fumaça cinzenta ... Cidade!

sábado, 20 de junho de 2009

Saudades.

Pensei em voce agora ... lembrei de voce agora ... um Amor Grande Hotel! Doce lembrança! Um tempo bom, um viver, uma história ... nossa história, nem bonita, nem feia .... nossa História que veio a memoria, teu soriso, os dentes separados agora arrumados, jeito menina, jeito mulher ... saudade! Te mando um beijo e de volta quero apenas teu sossego, nada mais, nada menos. Me lembro dos finais de tarde que nos perdíamos pelas estradas de terra, uma parada ali e a hora se perdia ... mãos percorrendo corpos ... suores escorrendo da pele ... fluidos disseminados ... beijo roubado na esquina da avenida, um susto, que susto voce levou ... versos perdidos em tantas cartas e bilhetes ... carnes e verbetes ... saudades!

Sair de banda.

Saindo de banda, frase antiga,uma linguagem e mesmo uma lenda ... saída rápida pela direita ... esquerda ... quem se lembra? O Leão da Montanha ... um leão rosa, como pode? A rosa, formato perfeito ... rarefeito ... A Rosa, sinonimo de desejos ... estreitos ... estreitos vãos de teus contornos ... esguios contornos e me deixarem louco ... rouco ... rouco de tanto gritar no ar, no vento, em qualquer momento ... ah, os momentos! Sedentos momentos, como um vampiro me atiro em teu pescoço, buscando não o sangue,mas o arrepio, o frio que sobe dos lugares mais escondidos e vai subindo, vai substituindo a realidade pelo êxtase, vai modificando o que vês pelo o que sentes .... deixa o momento tomar conta .... deixa os fluidos se darem contam ... monta no cavalo alado que ele vai te levar ao máximo espasmo ... um laço ... um orgasmo! Pasmo fico depois destes ritos, mitos de uma vida ... uma avenida ... uma via de acesso único, teu busto ... teus seios ... perfeitos! Teus olhos ... desejos! Teu corpo ... aconchego!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sonho!

Os sonhos ... ah, os sonhos! Tão plenos, tão serenos, tão terrenos! Os sonhos, assim como a água da chuva escorrem pelos bueiros e canais, se vão! Esvaem por caminhos finitos, ladrilhos pintados por mãos indecisas, lascivas ... ativas. Eu tive um sonho, sim, eu tive um sonho; sonhei que era possível driblar os destino, fugir da mesmice que assola nossas vidas, da esquizitice que banha nossas labutas ... batutas de um tambor ... batendo .... batendo ... som grave que chega aos ouvidos destoando os nossos olhos e demais sentidos ... eu tive um sonho! Mas, um tigre não perde suas listras e desta forma continuo a sonhar, a imaginar. Como um jogador compulsivo apost0 até mesmo a ultima ficha, o risco maior, o arriscar-se de fato ... se for fazer merda, faça merda grande e não pequena ... eu pago pra ver! Sou teimoso, sou tinhoso, sou apenas um esboço ... um osso roído com prazer, me de a perna e tomarás um mordida ... via sem saída, que nada, apenas aqui um dia foi uma avenida, carros, pessoas e outras coisas ... caminham ... correm ... estáticas ficam ... esticam o tempo como se ele fosse apenas uma tira, uma linha, uma linha de tempo demarcando os atos e os abstractos ... sonhos ... abstractos sonhos ... abstracto sonho ... abstracto me descomponho e novamente recomponho, pondo os pingos nos as, indo de encontro ao meu sonho ... eu tenho um sonho! Eu tenho um sonho!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Urubu

Quarto com janela para o céu, bom pelo menos para um pedaço dele ... uma janela para o céu, hoje o céu estava magnificamente lindo, azul, bem azul ... me deu vontade de voar,como um pássaro voar pelo azul, voar pelo céu ... podia até mesmo ser um urubu, não sei porque lembrei de Manaus e olha que tenho coisas bem melhores pra lembrar de Manaus ... mas o urubu ... voando ... perfeito, um voo sereno, aproveitando as correntes e temperatura do ar ... planando ... parece curtindo; queria ser um urubu! Sim, um urubu! Poder voar assim ... mas este voar tem seu preço: a carniça, o lixo, a sujeira; será que tudo nas vidas possuem um valor, possue um odor ... fedor? Não sei, mas gostaria que houvesse algo que se pudesse viver, ou sentir, ou pensar que não fosse valorado ... me de ai uns trocados ... uns bocados ... a fatia da pizza, pode ser o pedaço mais minguado, ou um filet de linguado, um bom vinho e os pés dentro da água ... me amarra, me amarra que agora voei, flutuei num sonho tolo, me enganei numa tosca lenda, me engasguei com uma pluma ... que pena ... pena ... pena de urubu ... um urubu a voar pelos céus, planando na sua ironia ... ou será minha?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Um cheiro!

Atraiz da moitta ... não! Moitta não, arbusto ... robusto arbusto que me faz levitar, quase mesmo voar por um céu de palavras, por nuvens de frases ... ditas ... não ditas ... não finjas que não é com voce, não digas que não foi por querer ... ah o querer ... me faz tolo, me faz de bobo a rodopiar, um pião rodando em um órbita em desalinho ... camisa de linho, amassada, amarrotada ... camisa de linho ... em uma mala jogada, mais um viagem, mais um cidade ... prédios que me olham, janelas que me enxergam, vidraças que se movem, abrindo, fechando ... vidraças. Que graça, olha a massa se rebelando contra a própria massa ... um bolo, uma torta ... toh cum fome ... quero comer, me saciar a vontade, me deliciar em uma tenra tarde ... vontade ... vontade de te ver, te olhar, abraçar ... um cheiro!

domingo, 14 de junho de 2009

Chiclet.

A língua portuguesa, como é nítido não dou a mínima pra nossa língua mãe, ainda mais depois desta reforma tosca que fizeram; se eu já não entendia muito, agora então .... vou lá eu saber onde se colocam ou deixam de colocar acentos? Logo eu que não me sento! Não, não vou escrever sobre nenhuma regra além das que percebo na rua, na avenida ... a linguagem minha, tua, nossa; afinal enlouquecer tem os seus benefícios, me toca escolher a forma que algumas coisas podem ser ... viver, te ver ... enxergar nada mais é que uma forma cíclica de viajar, afinal imagens nada mais são que os retratos tirados, filmes não revelados ... um alvo ... um alvo nas costas pintado, quem atira a primeira bala? Quem sabe um chiclet?

Me divirto!

Ostra! Ostra! Ostra! Olha a ostra! Vai querer? Não,não quero ostra e nem camarão; não quero não! Praia vazia, meio vadia, um dia de domingo, um algo de sol, papo a toa ... na boa! Ouça o mar em seus contornos e cores, veja a água que estoura nua nas pedras e areia ... pedras de areia ... pedras e areia ... o vento surge no horizonte e deixa tudo mais fresco, o abafado se foi, apenas uma brisa mais forte, um vento a soprar na manha, na tarde e a noitinha ... clima bão dimais! Calor quando se precisa e um certo frio em dose que se necessita, nada mais, nada menos ... mas a água, a água está fria, sim fria, não igual seria mais a baixo, mas fria para os padrões daqui, deixa eu explicar melhor: se voce estiver lá pelo litoral norte de SP durante o verão, aquela água mais quente que voce encontra é ainda fria com relação a água fria daqui .... nooooooooooooooossaa! Viajei! Mas é isso, um clima propicio, um ano, um inicio, um vicio, um misto de aconchego e solidão ... de olhos presos na vastidão do horizonte, ali defronte aonde perdemos os sonhos e alcançamos os planos, lançamos ancora ou zarpamos ... canoa! Voa! Voar pelos cantos e pelos recantos ... reconcavos ... me vou apenas caminhando, pensando, vendo, perdendo, ganhando ... não, apenas caminhando, apenas andando ... " um passo a frente e voce já não está mais no mesmo lugar " ... um passo, outro passo ... passo a vez a um outro competidor, passo a mente à limpo e me divirto ... Me divirto!

Manha de domingo!

o sol alumiou,
azul o céu se torna mais nítido,
mais intimo,
mais infinito!
um grito,
grito sozinho a quem me der ouvidos,
grunido gutural,
estátua de granito,
passos lentos, espaços de ventos,
um momento,
me de um momento,
apenas um momento.
lento,
lentamente meus olhos percorrem os ambientes,
sem lentes,
sem dentes,
sem sempres!
composição nada musical que invade meus ouvidos,
entorpece meus instintos,
envaidece meu narcisismo,
que abismo que nada,
depois do horizonte existe um lugar,
meu lugar,
meu luar,
meu sonhar,
apenas uma manha de domingo!

Ar.

Ah .... loucura! Insana criatura a misturar pensamentos, imagens, vontades e mensagens, misturando tudo em uma massa umida, em um enorme caldeirão ... caldeirão de bruxo ... cadeirão de luxo ... cadeião de insultos. Teu busto agora aflorou em minha mente, fartos, macios, convidativos ... tuas pernas caminham porém em direção oposta, que bosta! Uma aposta! A porta se abre e nada há depois dela ... olhos que me olham, que belos olhos, que belos olhares, que belos! Elos de um mundo, um mundo misturado no caldeirão do bruxo, pensamentos que não se perdem, emergem; imagens que não são tiradas, focalizadas; vontades materializadas em um tarde chuvosa, me abraça; mensagens enviadas pelas vias mais engraçadas, piadas! Passo a te admirar mesmo não estando presente, novamente os seios, os pelos ... desejos ... desejos e mais desejos ... navegar por entre a pele esguia, pêssego em forma de menina, Deusa mulher que me alucina ... me ensina a navegar por este mar, me ensina a nadar neste mar, teu mar ... bravio, inquieto ... teu mar! Ar, novamente o ar, que respiro, que anseio em respirar, que me faz levitar ... sonhar ... ar ... ar ... ar!

sábado, 13 de junho de 2009

Palavria!

O Deus HA sorriu! Em um dia nublado o Deus HA sorriu, numa barraca lá pelos lados do Acaiaca, o Deus HA sorriu! Um sorisso sinistro, macabro, explicito! Divago por entre os sonhos mais improváveis, paupaveis ... perplexsos, esbossos de gente a se acumular na areia nada quente, me mostre os seus dentes, seus entes ... mentes enquanto olgas as ondas vibrantes, sonhos distantes que me fazem frente ... um pente ... um pente pra meu cabelo pentear, ornar a mente com um vasto enfeite ... afinal dentro dela nada existe, nada há! Alérm de existir uma palavra totalmente mal escrita neste texto, gritante, hilariante, mesmo dantes ... antes que eu me esqueça sigamos a diante!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Musas!

Estava olhando as coisas que escrevi aqui, tem algumas que eu acho bem estranhas, mas já que estão escritas não vou ser eu que vou apagar; umas outras, bom, na verdade eu gosto de algumas, não vou dizer quais porque é coisa minha, mas eu gosto! Percebi que é por isso que recomecei a escrever,a jogar as bobagens dos meus dias em um manuscrito eletronico, um ponto apenas na enorme cadeia de informações de uma rede ... peixes arrebatados da agua ... pescas aquilo que mais gosta ... pode ser uma bosta! Que piada mas medíocre! Não me perdoo por essa ... que merda! Herdas a terra, o prédio, o dinheiro ... a matéria ... inerte matéria que guia nossos passos, aço de alta resistência, densa ... pensa, pensas que pensa! Penas de uma ave a enfeitar um adorno de festas, contorno de uma deusa, uma musa ... o que usas? Luvas? Lupas? Ou apenas chupa uvas ... uvas geladas descendo goela abaixo, frutas maduras, escuras ... frutas ... doces frutas que inundam meu paladar, meu tocar, meu cheirar ... musas!

Quadro.

Tem momentos que a criatividade não aparece,a mente parece estar lenta, sonolenta, opaca de pensamentos, não sei bem opaca, talvez translúcida ... mente translúcida! Astucia, minúcias, núpcias ... ias e eu vinhas ... linhas que dividem as ideias, artérias que pulsam o sangue, o ar que se comprime nos pulmões ... respiração ... circulação ... movimentos lentos e ao mesmo tempo intensos, imensos motores a circular por um planeta, imersos mergulhadores sem mascaras ou tanques, mergulho preciso nos mares, nos ares ... tudo foi pelos mares. Homenagem! Que nos faz nestes momentos perder os pensamentos, que nos faz neste momento esquecer os momentos ... pensar, esquecer, perder ... momentos ... instantes que não voltam no tempo, sem retorno se perdem se não os mantemos acessos, presos aos nossos olhos mesmos que não consigamos ve-los. Ahhh, se eu apenas fosse uma pintura, um quadro dependurado em uma parede, quem sabe assim pudesse vislumbrar as pessoas, olha-las em sua forma mais espontânea, mais instantânea ... sim ... elas estaria tão afoitas em olhar para o quadro, que baixariam a guarda, deixariam transparecer quais as suas fraquezas, suas certezas, suas belezas; se mostrariam sem dúvida em uma forma mais simples, mais humana ... mesmo uma careta .... um bocejo ... um lampejo! Um beijo! Desejos!!!!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Bobagens!!!!

Uma cabana na beira do mar, eh! Ai eu ainda vou morar, pode apostar! Pode contar com esta fase, vou ver as noites e o luar, vou ver o amanhecer e o brilho do sol nas águas do mar ... novamente o mar, água nada doce! Os instintos se voltam para as origens primarias, o sangue flui pelas veias com força, mas sem direção ... opção, um montão de coisas que nos aflige, que nos limita, uma vida, apenas uma vida, quem sabe em outras a diferença de fez presente ... o mar, o lar, o vagar, o ar ... ar que respiro, ar que me sustenta; me sustenta no ar! Cortei as amarras do barco, deixei-os a solta no fluir da correnteza, as chamas consumindo a matéria ... agora não tem mais volta, ou descubro a fonte da juventude ou desapareço nas selvas, na verdade na relva, na relva do parque, na relva rasteira, na relva da esquina ... uma quina de porta e meu dedão estourei, ai como doeu! Meu dedão, na verdade dedinho ... quebrei! Ai como doeu! Agora esta melhor, meio vermelho, mas bem melhor, pior, bem pior é fato que não me acostumo mais a usar sapato, parece piada, mas é sério; calça então, da vontade de gargalhar. As mudanças são de fato necessárias, diárias, horárias ... quanta bobagem escrevo! Bobagens jogadas em mundo digital, pra quem quiser ver, pra quem quiser divulgar ... divagar por meio à bobagens, mensagens, verdades, mentiras ... nada mais que bobagens!

sábado, 30 de maio de 2009

Basta!

Diário de bordo, data estelar 30 de may de 2009, vinte horas e vinte minutos ... os segundos? Não sei! Não me pergunte! Queria mesmo falar do mar, hoje estava verde, não azulado ... estava sim na cor do mar, as águas limpas e transparentes, pareciam até vários enfeites. Água que sobe, a cada dia mais próxima, vem vindo, subindo. Me encontro meio ecológico, interessante. Não querendo ser chato, temos em algum momento que falar nisso, afinal são evidentes os efeitos climáticos que temos visto se tornar, como vírus, mais resistentes, mais fortes, mais destrutivos. Estive outro dia na Enseada, lugar legal, ainda vou morar lá; ali os efeitos do avanço do mar estão tão evidentes, está levando muros e areia, engolindo mesmo a terra ... como podemos deixar que os nossos detritos, nossos avanços tecnológicos, nosso progresso possa causar mudanças e perda de lugares e pessoas ... será que que já não basta?  

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Efeverciência!

A pouco, ou melhor neste exato minuto posterior, um bucadin antes de começar a escrevinhar me deparei com um problema, percebi que havia uma palavra errada no texto anterior, fui então arrumar e na verdade até agora não sei se arrumei certo, no fim ficou "eferveciência", mas no fundo dá bem o tom do que estou tentando falar, a ciência ferve assim como aqueles tubos em um laboratório de cientista louco .... fogo .... fumaça ... líquidos borbulhantes, tudo voltado às novas descobertas, os achados, a briga do homem em dominar a natureza! Hoje vemos as águas tomando conta do sertão, dizimando o sertão, e penso! A onde está toda aquela solidariedade que mobilizou o Sul do país na ajuda, no socorro, na reconstrução? Será que a criança por não ter olhos azulados mexe menos com os corações? A sociedade civil se torna opaca e engessada, não consegue mobilizar-se nem para gerir ajuda, não consegue romper as amarras sociais, não podem deixar de ser massa. Massa de bolo a assar em um forno, a temperatura aumenta, as águas se agigantam, os ventos pararam de brincar, fenómenos naturais, atônitos animais. Como podemos equilibrar todas estas coisas que nos rodeiam? Como podemos desenhar um novo mundo ... cores .... matizes .... matrizes .... celebremos que o homem já chegou às alturas do céu e à pouco nas profundezas do mar, conseguiu chegar a 7000mts de profundidade, são 7km abaixo! Eu levo cerca de uma hora para caminhar esta distância pela manhã! Caramba, é muito longe, o que pode ser a resposta do planeta a mais esta agressão?

terça-feira, 26 de maio de 2009

Pensei!

Pensei agora na imensa quantidade de possibilidades, ali logo em frente, num futuro próximo, um segundo e tudo se torna um novo começo! São tantas, são muitas estas possibilidades, tente somente definir as variáveis ... mas não posso simplesmente chegar e escolher uma delas, olhar assim de dizer: ah! gostei desta,vou levar! Não posso! A escolha acontece de uma maneira dupla, uma via de mão dupla, tem que haver uma certa simbiose. Mas imagine-se poder entrar em local onde se pude-se escolher quais das possibilidades queria ser sua, sim de forma clara, pegar! será que seria algo assim tão banal, ou haveriam escolhas que fariam todos pensar ... em alguma coisa, em alguma forma ... mas pensar! Destino ou o indefinido? A Terra ou o infinito? O infinito destino da Terra no infinito! E assim um possibilidade escolhida,resolvi escrever desta maneira e escrevi, mas desta escolha também pode ocorrer outras tantas novas possibilidades, movimento! Momento que planamos nas escolhas, Possibilidades e intensa eferveciencia!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Boa semana!

Uma nova semana se inicia, o barulho dos carros, quer dizer buzinas, buzinas e mais buzinas! Me diga como buzinas que lhes direi de onde és! Então carros, crianças na escola em seu alvoroço, gritos, risadas e desatinos, sim desatinos; voces não imaginam o que estas crianças são capazes de dizer em alto e bom som e também fazer, é muito divertido, só absurdo! Mas voltemos ao inicio da semana, olha esta semana que se inicia eu espero efetivamente que seja uma boa semana, espero não, acredito que vai ser uma boa semana. Ojalá uma boa semana! Que os Deus estejam atentos aos instintos e sentidos, que a estrela sorria ... sol que ilumina. Espero dar graças aos resultados que irão ser alcançados ... sim resultados tão esperados! Somente isso, uma boa semana!

Querido diário!

Querido diário ..... he, he, he, não resisti! Aqui estou eu novamente escrevendo algo, algo que a um bom tempo atrás resolvi chamar de fragmentos, porque fragmentos? Pequenos pedaços de vida, de sentimentos, envolvimentos, desentendimentos; enfim momentos. Então se são pequenos pedaços são fragmentos, nada mais óbvio! Penso agora onde tudo isso começou e na verdade isso não tem importância, tudo se torna cada vez mais muito relativo, nada pode ser pesado e quantificado, nada! A brincadeira do diário é um algo, as risadas são outras, e dai? Vejo apenas as palavras sorrindo pra mim, loucas para ser publicadas, para serem lidas, entendidas ... não nem tanto, basta apenas o espanto, o olhar de canto, o brincar com os encantos ... enganos que faço eu a iludir quem as palavras ler, quem os fragmentos quiser colar, nem se atreva, nem se atreva! Pedaços de minhas incertezas, lascas de minhas vidas ... vidas lascadas, talhadas na pedra e no asfalto, no alto, no baixo ... lascas e pedaços!

domingo, 17 de maio de 2009

Castelo de cartas.

Eu ali, na sacada de meu castelo de cartas olhando o vale, olhando as pessoas, olhando as paisagens ... vale de sombras, vale de luzes ... bela tarde envolta em nuvens, nuvens que dissociam o olhar, nuvens que distanciam o mar, no ar nada pesado um respiro, um sopro, um sussurro ao pé do ouvido ... sou todo ouvidos ... teus gemidos .... teus gritos .... teus olhos! Apenas palavras; palavras amontoadas como um castelo de cartas ... marcadas ... mastigadas ... apenas cartas num castelo sujeito às brisas, vento que me leva distante, que me transporta para além das portas, que me sustenta no ar fazendo corar as leis naturais, e assim sustentado apenas pelo ar ouso navegar por entre sonho e realidade, por entre pernas, carnes e ansiedades. Na cidade vazia, na idade da vida, na verdade não dita! Mentira! Me tiras o ar e meu sustento se esvai, se vai por ai passear, passear no vale, passear nas pessoas, passear nas paisagens ... sombras e luzes que se equivalem ... castelo de cartas!

sábado, 16 de maio de 2009

Citação de John Rawls

Imagine que voce fosse membro de um Alto Conselho, cuja tarefa fosse elaborar todas as leis de uma sociedade do futuro. Os membros do Conselho teriam que pensar em absolutamente tudo, pois assim que estivessem de acordo sobre todas questões e assinassem as leis, cairiam mortos. E alguns segundos depois voltariam à vida exatamente na sociedade cujas leis eles tinham elaborado. E agora vem o mais importante: nenhum deles saberia onde acordaria nesta sociedade, quer dizer, ninguém saberia qual seria a posição que iria ocupar dentro dela. Tal sociedade seria uma sociedade justa, pois cada um estaria entre seus iguais.

Chove!

Chove ... acho que hoje não vai dar praia, começou logo cedo bem forte, agora já esta mais calma mas indica que vai cair o dia todo, quem sabe no final da tarde consiga dar uma caminhada ... bom, nada o que fazer, preso o dia todo no apartamento, fazer o que? Tive que buscar uma alternativa e aqui estou eu, digamos passeando, calmamente caminhando por entre pensamentos e ideias ... abstrato! Acho que hoje não vai dar praia, afirmação e negação, contradição de tempo, espaço e matéria, afinal simplesmente por chover a praia deixa de ser menos interessante? Muda a conotação, a textura e a moldura e a praia continua a mesma, esta ali quase no mesmo lugar e quase do mesmo jeito; causa e efeito ... uma peça com defeito é descartada da linha de produção, mas não vai a destruição,mesmo assim é utilizada em outros produtos, em outros seres. Quantas vezes caminhamos na areia e marcamos com os pés a face das estrelas, areia e estrelas, quanta bobeira ... poeira se levanta do chão no arrasta pé do sertão, todos dançam, cantam, amam ... a musica diminui e se afasta, fica longe, distante e então escuto um som mais instinto, um barulho que afugenta e ao mesmo tempo esquenta, um sonido que vem com prazer aos ouvidos, meus olhos, nariz e ouvidos; sentidos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Atmos Fera!

Interessante como a cidade incorpora aspectos diferenciados dependendo da estação ... sim, estação, inverno e verão, alta e baixa ... tudo se transforma e passa a digamos gerir uma nova mescla de sentimentos e percepções ... o mar! O mar continua com o seu vai e vem constante, talvez em um nível mais elevado, afinal a elevação das águas já se torna um algo evidente, esta ali, a mostra dos olhos, mesmos os mais céticos podem deduzir que a agua vem vindo. Mas, isto é outro tema, outra oportunidade. Mesmo com tudo isso as águas marítimas continuam calientes, na verdade mornas, um calor que sobe pelos pés e mesmo controla o ser humano por alguns segundos, mundos, quase mundos!  Por instantes também o mar parece suspender os seus barulhos, o quebrar das ondas somem, deixando o silêncio navegar em nossos ouvidos ... somente segundos, décimos, talvez milésimos ... um silencio profundo, o mar quase mudo! Um navegar por teus pelos úmidos, afagar os teus púdicos ... puros!!! Ahhhhh! Eu sonhando novamente com as impossibilidades, metades de laranja, panela sem tampa ... quem me alcança? Quem me abraça? Braçadas na agua, me afasto, me desfaço; à um passo de meus mais nítidos sonhos, meus mais nebulosos sonhos; sim os sonhos possuem essa conotação ambígua, esta dualidade de momentos e instantes ... novamente o tempo, o deus Kronus e sua infatigável sensação ... o tempo perdido não volta atrás, mas quem disse que podemos perder o tempo? Quem disse que o tempo é uma mercadoria? Um artigo? Um bem? Um utensílio? O tempo é mais, é mais vunerável que nossos sonhos, é mais intragável que um tombo ... de cara no chão, focinho estatelado em um estrado, um estralo no meio do cérebro .... pregO! Carpinteiro ou marceneiro? Metalurgico ou professor? Comandante ou pensador? Que importa? A quem importa? Um porta ... uma porta aberta em meio a tantas mortas ... hortas de vida, lavouras de luta ... rua nada deserta por onde trafegam veículos às pressas. Voltemos às estações, os tempos que o tempo modifica conforme o andar da esférica figura, mudanças e cronologia, horas que passam, dias que andam, semanas que me tornam insano ... mundano .... humano! Um ramo de oliveira, ou quem sabe de qualquer outra planta ... de qualquer outra planta ... anda! Anda por sobre a prancha, no mar mergulhar e as mãos atadas tentam nadar ... nada! Nada, apenas te vejo e não te beijo ... que coisa! 

terça-feira, 5 de maio de 2009

Respeito.

Respeito ... tudo o que nós seres humanos queremos é respeito! Não adiantam fórmulas muito bem compostas de estratégia e lógica a nos envolver no dia a dia, estudos, crises, gripes ... fome que se espalha silenciosa por um mundo submerso, um mundo igualmente silencioso que se esgueira no entardecer e na noite, catando umas coisas, roubando outras, vendendo algumas ... à margem, beira da riqueza absoluta. Talvez os antigos navegantes, os invasores destas terras, estivessem certos em um ponto: o mundo acaba depois do horizonte, quem sabe ali no horizonte, até onde nossos olhos podem enxergar, exista um abismo; um grotão de águas turbulentas que engole as pessoas de uma forma simplista, na verdade sem forma, disforme como nossa própria sociedade. Nos tornamos a cada movimento do relógio mas automatos ... movimentos pensados, olhares disciplinados, palavras repetidas, pensamentos digitais; no futuro, não serão necessáriosrobôs ou andróides pois eles já estão sendo criados agora; afinal para que investir uma quantidade inimaginável de dinheiro em algo que pode ser conseguido de forma bem mais economica? Dois aspectos do mundo silencioso que nos cerca, a fome e a transformação cotidiana; duas coisas aparentemente opostas, mas que na verdade são frutos de um mesmo arbusto; um complemento do outro, o outro o parasita de um ... simbiótica, enigmática, esférica, como a terra a flutuar pelo vazio espaço ...................

terça-feira, 28 de abril de 2009

Insisto!!

Insisto em brincar com as palavras, pilhas e pilhas de sílabas sem sentido ... um espirro! Gripe do Suíno? Que isso? Um vírus, um germe, um mito ... quem saberá disso, eu nem pensar, já basta brincar com as palavras em desalinho, sílabas dos escritos. Manuscritos, mas agora escritos, no computador agora navego, olhando as linhas serem preenchidas por aquilo que imagino; mas que linhas? A onde colocaram as linhas? Como posso escrever linhas tortas se me tiraram por onde efetuar as manobras ... obras e mais obras no ano pré eleitoral, quem vai ser o novo maioral? Este não sei, mas sei quem vai se dar mal .... kkkk .... isso eu sei! Como é estranho pensar nestas coisas, por mais que as vezes eu quise-se pode-lo, não consigo; persisto em enxergar um multifacetado mundo, midias, empresas, conglomerados, governos e mesmos pessoas; as pessoas que tanto me assombram e me assanham. Deve di ser uma virose, assim é mais fácil explicar o que não tem explicação, um algo que aparece do nada, influi, altera, modifica e modela ... moela de frango de boteco, muito bão!
Tel 28.apr.09

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sou...

Sou ... inexato, abstrato, inato ... um pato em um stand de tiro, um alvo no instante do espirro ... me atiro de cabeça no mais profundo dos abismos somente pra ver o fundo, somente pra enxergar meus testículos. Místico, nem um pouco! Físico, que nem um louco! Mítico, me faço de tolo!
Um pouco de teu sorisso me faria escalar o mais alto pico, encarar os desafios da libido e do ser; sentidos, cheiros, sussuros ao pé do ouvido ... meu eu navegando pelo teu querer, meus olhos presos na tua silhueta esguia, nos teus pés, nos teus olhos ... umbigo.
Louco! Misturo formulas químicas em meu organismo combalido, vencido todo dia o prazo de validade, vitalidade que ainda aflora no sonhar e no amar, um mar de ambiguidades no qual navego somente por ter vontade ... à vontade pulo nesta água límpida e de braçada em braçada me afasto de ti, de mim, da margem.
Um tolo, simplesmente um tolo a explorar os meus mitos, meus signos, meus símbolos ... aquilo em que acredito, um grito! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!