quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Perda de tempo

Ouvi há pouco: não podemos perder tempo! Mas como podemos perder algo que nunca achamos, como perder algo que nunca tivemos? Apenas tempo, não o tempo dos ponteiros, não o tempo digital, nem mesmo o tempo da areia ... Tempo do sol apenas, astro que nasce no fim de minha rua, ilumina tudo com raios alaranjados, doce calor, cítrico explendor. Seguir a vida como a noite e o dia, jogo de esconde-esconde ... Onde estas agora? Qual o tem nome? Surge assim como o dia, desaparece na forma da noite ... Boite ... Dançam meninas num ritual nada do mal, tampouco do bem, apenas ritualizam a venda, o corpo, o tempo que agora fustiga os olhos, maltrata a boca, desgasta a alma ... Arma apontada para sua cabeça, alvo móvel, retrátil, fácil ... Já eras! Eras, pedras, ervas ... La hierba, éba lá hierba. Se desfez em fumaça o teu retrato, se desmanchou aos pedaços os teus cacos ... Acorda, acorda ... Já èh de dia e o tempo passa!

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