sexta-feira, 28 de maio de 2010
Lua cheia!
Noite de lua ... Cheia! Meu rosto se aproxima de tua pele, derme, epiderme ... tocam os poros e a língua desliza pelo dorso nu ... caminho livre ... caminho lindo ... me detenho no pescoço e brinco com teus sentidos, mordo, beijo, me esmero em brincar de desejo ... orelha, lentamente falo algo em teus ouvidos ... brinco ... agora sou teu brinco e me penduro como um adorno, um fetiche ... feitiço. Olhos, nariz, boca e garganta, toda face, tua face me invade os sonhos e os delírios, densos olhos, doce sorriso ... intenso ... místico, invado o teu colo, lábios, língua, saliva; chego aos seios e me deleito, arrodeio, dou voltas ... nos bicos faço como o afoito recen nascido, abocanho, mordo, chupo ... busco algo mais além que leite, busco algo mais além que saciar o corpo ... barriga, perfeita, lisa, delicia ... me afundo no umbigo e quase ouço algum ruído, suspiro. Como musica ao explorar o ar, como a água a se entregar ao mar, como a lua que veio nos acompanhar ... lugar ... lugar macio, lugar quentinho, teus pelos pequeninhos me convidam a um mergulho impreciso, cheiro, perfume ... menina!
Vira-lata!
Vira-lata!
Cão sem raça,
cão sem classe ...
cão danado!
Te mostro os dentes,
brancos,
afiados;
te ameaço com os olhos,
as orelhas
e o pelo arrepiado ...
cão danado!
Na noite uma sombra,
De dia uma mancha,
Na tarde uma criança ...
Cão danado!
Cão sem raça!
Cão sem classe!
Vira-lata!
Cão sem raça,
cão sem classe ...
cão danado!
Te mostro os dentes,
brancos,
afiados;
te ameaço com os olhos,
as orelhas
e o pelo arrepiado ...
cão danado!
Na noite uma sombra,
De dia uma mancha,
Na tarde uma criança ...
Cão danado!
Cão sem raça!
Cão sem classe!
Vira-lata!
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Ilusion
Ilusões a parte
ando assim meio que sei lá, digamos, atordoado!
Sim, atordoado!
Meio ator, meio dado,
qual numero será que sorte trara?
Trata de correr,
trata de sumir ...
fugir do imaginário,
imagina otário,
que teu tempo se alastra por além de muitos dias,
de horas,
minutos,
quase segundos,
tempo infinito que nos rege,
nos molda,
nos transforma ...
besta ou fera?
A mente desacelera,
diminui o ritmo,
sossega ...
erga tua voz,
tua figura,
tua bravura,
que seja a luta mais justa,
prefiro as sais justas,
o que buscas?
O que lucras?
O que omites?
A que vieste?
O que vestes?
Disseste?
Leste, oeste, norte e sul,
caminhos variados e muitos outros nos são mostrados,
e foste?
ando assim meio que sei lá, digamos, atordoado!
Sim, atordoado!
Meio ator, meio dado,
qual numero será que sorte trara?
Trata de correr,
trata de sumir ...
fugir do imaginário,
imagina otário,
que teu tempo se alastra por além de muitos dias,
de horas,
minutos,
quase segundos,
tempo infinito que nos rege,
nos molda,
nos transforma ...
besta ou fera?
A mente desacelera,
diminui o ritmo,
sossega ...
erga tua voz,
tua figura,
tua bravura,
que seja a luta mais justa,
prefiro as sais justas,
o que buscas?
O que lucras?
O que omites?
A que vieste?
O que vestes?
Disseste?
Leste, oeste, norte e sul,
caminhos variados e muitos outros nos são mostrados,
e foste?
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Sem essa!
O quão paciente ser? Nem doença acho que tenho, bom si tenho pelo menos não sei ... não sei ser paciente, não sei ser eloqüente, não sei ser gente ... uma sombra, caricatura, criatura, que não atura, que não te empurra no abismo, que não te chuta o saco ou melhor os testículos, versículos que não li, temas que não estudei, lugares que ainda não morei ... viverei? Ou serei apenas pó, dó, só? Espectro nada encantado, apenas encanado, meio enganado, um tanto quanto bestificado ... pontilhado, siga o pontilhado e veja que figura surge, veja que desenho tenhas: belas tetas, esferas perfeitas, matérias e bobeiras; de pé na soleira, de pé na estrada, de barro na barra da calça ... um bairro no meio do nada, simples, pobre e nada bucólico, nada solido, se vem um vento leva tudo, até mesmo as pessoas mudas, nuas! Mas são eleitores e num ano de graças a democracia, todos valem algo, todos sabem algo, todos mentem pra caraio ... orvaio na noite, um vaio na frente, um trago mais ardente, um beijo mais caliente, um toque mais indescente ... um suspiro ... um gemido ... louco, como um louco deslizo por teus poros, seios, corpo afora ... sedento sugo... faminto mordo ... mas que é isso? Que palavras são estas? Que texto é este? Não era bem isso queria dizer, não era? Bem na verdade algo de verídico, sim palavras, muitas palavras que serão repetidas no texto que se avizinha, vem ai devagarinho, feito sem pressa, sem essa!
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Amanha!
Retrato, não! Não me retrato, quem sabe? Palavra antiga, não mais em uso, agora é foto ou sei lá que termo usam. Instantâneo de tempo, espaço, momento ... pseudo movimento ... apenas tempo, espaço e momento, fragmento. Ento, entro no mundo estranho dos pensamentos, que distantes, se perdem como uma troça pelas ladeiras, sobe, desce, sobe novamente e desce na sub seqüente. Agora o ente, entre partes e tudo, ou melhor tudos ... os estudos seguem o ritmo de sempre, no cotidiano, na rotina, no rolar da vida por momentos ainda não vividos, indefinidos, indecisos, imprecisos ... isos, modismos que afloram de dia, sentidos que defloram na noite ... açoites que nos sacodem a manhã fria ... inverno ... não gosto do inverno, frio, pálido, sombrio ... apenas rotações da esfera ... apenas conotações em uma sala de espera, me espera ai, no bar da esquina ... quisera fosse no quatro cantos ... na encruzilhada existem tantas vias, me digas qual caminho escolherias? Me conte por quais vias se precipitaria? Trilhas? Ah! As trilhas, tão íngremes, tão escorregadias, tão distante nos levaria. Velharia encostada a um canto, quem diria: torne-se parte ou aparte, tanto faz apenas diga olá para um novo dia, uma manha mesmo que fria e sem graça, mas uma manha, quem sabe a sua manha ... amanha!!
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