sexta-feira, 4 de junho de 2010

Bagunça

Bagunça!!! Fuça ai nas coisas antigas, que bagunça! Muitas coisas, muitas mesmo, sem uso, sem função, sem explicação; não apenas coisas: passado! Pegadas deixadas ao acaso, passos perdidos no espaço, um lapso, de memória, de tempo, ao acaso, e por acaso nos prendemos a temas pra trás deixados, e por temas muitos nos deixamos levar pelo acaso? Teu legado, um misto de fúria e rebeldia, de fuga e de fadigas, dos dias, das noites, das manhazinas ... tardes dispersas no monotonia, tela pintada em tons pastéis, cores nulas, mornas, turvas ... curva a curva do horizonte, trajeto direto para a garganta dos monstros míticos, críticos, cítricos ... cachaça com limão, mais uma dose, mais um gole, se entope de álcool, se contorce no sonho devasso, explode em muitos cacos, pedaços ... coisas novas que se juntam as antigas, palavras velhas que se fazem de ninfas, orvalho, noite fria, na noite fria olho pela janela vazia e nada vejo a não ser outra esquina, outras escolhas, outras vidas. Idas e vindas, erga a taça e brinda, brinda a mais um dia na epopéia de tua loucura.

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