sábado, 30 de maio de 2009

Basta!

Diário de bordo, data estelar 30 de may de 2009, vinte horas e vinte minutos ... os segundos? Não sei! Não me pergunte! Queria mesmo falar do mar, hoje estava verde, não azulado ... estava sim na cor do mar, as águas limpas e transparentes, pareciam até vários enfeites. Água que sobe, a cada dia mais próxima, vem vindo, subindo. Me encontro meio ecológico, interessante. Não querendo ser chato, temos em algum momento que falar nisso, afinal são evidentes os efeitos climáticos que temos visto se tornar, como vírus, mais resistentes, mais fortes, mais destrutivos. Estive outro dia na Enseada, lugar legal, ainda vou morar lá; ali os efeitos do avanço do mar estão tão evidentes, está levando muros e areia, engolindo mesmo a terra ... como podemos deixar que os nossos detritos, nossos avanços tecnológicos, nosso progresso possa causar mudanças e perda de lugares e pessoas ... será que que já não basta?  

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Efeverciência!

A pouco, ou melhor neste exato minuto posterior, um bucadin antes de começar a escrevinhar me deparei com um problema, percebi que havia uma palavra errada no texto anterior, fui então arrumar e na verdade até agora não sei se arrumei certo, no fim ficou "eferveciência", mas no fundo dá bem o tom do que estou tentando falar, a ciência ferve assim como aqueles tubos em um laboratório de cientista louco .... fogo .... fumaça ... líquidos borbulhantes, tudo voltado às novas descobertas, os achados, a briga do homem em dominar a natureza! Hoje vemos as águas tomando conta do sertão, dizimando o sertão, e penso! A onde está toda aquela solidariedade que mobilizou o Sul do país na ajuda, no socorro, na reconstrução? Será que a criança por não ter olhos azulados mexe menos com os corações? A sociedade civil se torna opaca e engessada, não consegue mobilizar-se nem para gerir ajuda, não consegue romper as amarras sociais, não podem deixar de ser massa. Massa de bolo a assar em um forno, a temperatura aumenta, as águas se agigantam, os ventos pararam de brincar, fenómenos naturais, atônitos animais. Como podemos equilibrar todas estas coisas que nos rodeiam? Como podemos desenhar um novo mundo ... cores .... matizes .... matrizes .... celebremos que o homem já chegou às alturas do céu e à pouco nas profundezas do mar, conseguiu chegar a 7000mts de profundidade, são 7km abaixo! Eu levo cerca de uma hora para caminhar esta distância pela manhã! Caramba, é muito longe, o que pode ser a resposta do planeta a mais esta agressão?

terça-feira, 26 de maio de 2009

Pensei!

Pensei agora na imensa quantidade de possibilidades, ali logo em frente, num futuro próximo, um segundo e tudo se torna um novo começo! São tantas, são muitas estas possibilidades, tente somente definir as variáveis ... mas não posso simplesmente chegar e escolher uma delas, olhar assim de dizer: ah! gostei desta,vou levar! Não posso! A escolha acontece de uma maneira dupla, uma via de mão dupla, tem que haver uma certa simbiose. Mas imagine-se poder entrar em local onde se pude-se escolher quais das possibilidades queria ser sua, sim de forma clara, pegar! será que seria algo assim tão banal, ou haveriam escolhas que fariam todos pensar ... em alguma coisa, em alguma forma ... mas pensar! Destino ou o indefinido? A Terra ou o infinito? O infinito destino da Terra no infinito! E assim um possibilidade escolhida,resolvi escrever desta maneira e escrevi, mas desta escolha também pode ocorrer outras tantas novas possibilidades, movimento! Momento que planamos nas escolhas, Possibilidades e intensa eferveciencia!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Boa semana!

Uma nova semana se inicia, o barulho dos carros, quer dizer buzinas, buzinas e mais buzinas! Me diga como buzinas que lhes direi de onde és! Então carros, crianças na escola em seu alvoroço, gritos, risadas e desatinos, sim desatinos; voces não imaginam o que estas crianças são capazes de dizer em alto e bom som e também fazer, é muito divertido, só absurdo! Mas voltemos ao inicio da semana, olha esta semana que se inicia eu espero efetivamente que seja uma boa semana, espero não, acredito que vai ser uma boa semana. Ojalá uma boa semana! Que os Deus estejam atentos aos instintos e sentidos, que a estrela sorria ... sol que ilumina. Espero dar graças aos resultados que irão ser alcançados ... sim resultados tão esperados! Somente isso, uma boa semana!

Querido diário!

Querido diário ..... he, he, he, não resisti! Aqui estou eu novamente escrevendo algo, algo que a um bom tempo atrás resolvi chamar de fragmentos, porque fragmentos? Pequenos pedaços de vida, de sentimentos, envolvimentos, desentendimentos; enfim momentos. Então se são pequenos pedaços são fragmentos, nada mais óbvio! Penso agora onde tudo isso começou e na verdade isso não tem importância, tudo se torna cada vez mais muito relativo, nada pode ser pesado e quantificado, nada! A brincadeira do diário é um algo, as risadas são outras, e dai? Vejo apenas as palavras sorrindo pra mim, loucas para ser publicadas, para serem lidas, entendidas ... não nem tanto, basta apenas o espanto, o olhar de canto, o brincar com os encantos ... enganos que faço eu a iludir quem as palavras ler, quem os fragmentos quiser colar, nem se atreva, nem se atreva! Pedaços de minhas incertezas, lascas de minhas vidas ... vidas lascadas, talhadas na pedra e no asfalto, no alto, no baixo ... lascas e pedaços!

domingo, 17 de maio de 2009

Castelo de cartas.

Eu ali, na sacada de meu castelo de cartas olhando o vale, olhando as pessoas, olhando as paisagens ... vale de sombras, vale de luzes ... bela tarde envolta em nuvens, nuvens que dissociam o olhar, nuvens que distanciam o mar, no ar nada pesado um respiro, um sopro, um sussurro ao pé do ouvido ... sou todo ouvidos ... teus gemidos .... teus gritos .... teus olhos! Apenas palavras; palavras amontoadas como um castelo de cartas ... marcadas ... mastigadas ... apenas cartas num castelo sujeito às brisas, vento que me leva distante, que me transporta para além das portas, que me sustenta no ar fazendo corar as leis naturais, e assim sustentado apenas pelo ar ouso navegar por entre sonho e realidade, por entre pernas, carnes e ansiedades. Na cidade vazia, na idade da vida, na verdade não dita! Mentira! Me tiras o ar e meu sustento se esvai, se vai por ai passear, passear no vale, passear nas pessoas, passear nas paisagens ... sombras e luzes que se equivalem ... castelo de cartas!

sábado, 16 de maio de 2009

Citação de John Rawls

Imagine que voce fosse membro de um Alto Conselho, cuja tarefa fosse elaborar todas as leis de uma sociedade do futuro. Os membros do Conselho teriam que pensar em absolutamente tudo, pois assim que estivessem de acordo sobre todas questões e assinassem as leis, cairiam mortos. E alguns segundos depois voltariam à vida exatamente na sociedade cujas leis eles tinham elaborado. E agora vem o mais importante: nenhum deles saberia onde acordaria nesta sociedade, quer dizer, ninguém saberia qual seria a posição que iria ocupar dentro dela. Tal sociedade seria uma sociedade justa, pois cada um estaria entre seus iguais.

Chove!

Chove ... acho que hoje não vai dar praia, começou logo cedo bem forte, agora já esta mais calma mas indica que vai cair o dia todo, quem sabe no final da tarde consiga dar uma caminhada ... bom, nada o que fazer, preso o dia todo no apartamento, fazer o que? Tive que buscar uma alternativa e aqui estou eu, digamos passeando, calmamente caminhando por entre pensamentos e ideias ... abstrato! Acho que hoje não vai dar praia, afirmação e negação, contradição de tempo, espaço e matéria, afinal simplesmente por chover a praia deixa de ser menos interessante? Muda a conotação, a textura e a moldura e a praia continua a mesma, esta ali quase no mesmo lugar e quase do mesmo jeito; causa e efeito ... uma peça com defeito é descartada da linha de produção, mas não vai a destruição,mesmo assim é utilizada em outros produtos, em outros seres. Quantas vezes caminhamos na areia e marcamos com os pés a face das estrelas, areia e estrelas, quanta bobeira ... poeira se levanta do chão no arrasta pé do sertão, todos dançam, cantam, amam ... a musica diminui e se afasta, fica longe, distante e então escuto um som mais instinto, um barulho que afugenta e ao mesmo tempo esquenta, um sonido que vem com prazer aos ouvidos, meus olhos, nariz e ouvidos; sentidos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Atmos Fera!

Interessante como a cidade incorpora aspectos diferenciados dependendo da estação ... sim, estação, inverno e verão, alta e baixa ... tudo se transforma e passa a digamos gerir uma nova mescla de sentimentos e percepções ... o mar! O mar continua com o seu vai e vem constante, talvez em um nível mais elevado, afinal a elevação das águas já se torna um algo evidente, esta ali, a mostra dos olhos, mesmos os mais céticos podem deduzir que a agua vem vindo. Mas, isto é outro tema, outra oportunidade. Mesmo com tudo isso as águas marítimas continuam calientes, na verdade mornas, um calor que sobe pelos pés e mesmo controla o ser humano por alguns segundos, mundos, quase mundos!  Por instantes também o mar parece suspender os seus barulhos, o quebrar das ondas somem, deixando o silêncio navegar em nossos ouvidos ... somente segundos, décimos, talvez milésimos ... um silencio profundo, o mar quase mudo! Um navegar por teus pelos úmidos, afagar os teus púdicos ... puros!!! Ahhhhh! Eu sonhando novamente com as impossibilidades, metades de laranja, panela sem tampa ... quem me alcança? Quem me abraça? Braçadas na agua, me afasto, me desfaço; à um passo de meus mais nítidos sonhos, meus mais nebulosos sonhos; sim os sonhos possuem essa conotação ambígua, esta dualidade de momentos e instantes ... novamente o tempo, o deus Kronus e sua infatigável sensação ... o tempo perdido não volta atrás, mas quem disse que podemos perder o tempo? Quem disse que o tempo é uma mercadoria? Um artigo? Um bem? Um utensílio? O tempo é mais, é mais vunerável que nossos sonhos, é mais intragável que um tombo ... de cara no chão, focinho estatelado em um estrado, um estralo no meio do cérebro .... pregO! Carpinteiro ou marceneiro? Metalurgico ou professor? Comandante ou pensador? Que importa? A quem importa? Um porta ... uma porta aberta em meio a tantas mortas ... hortas de vida, lavouras de luta ... rua nada deserta por onde trafegam veículos às pressas. Voltemos às estações, os tempos que o tempo modifica conforme o andar da esférica figura, mudanças e cronologia, horas que passam, dias que andam, semanas que me tornam insano ... mundano .... humano! Um ramo de oliveira, ou quem sabe de qualquer outra planta ... de qualquer outra planta ... anda! Anda por sobre a prancha, no mar mergulhar e as mãos atadas tentam nadar ... nada! Nada, apenas te vejo e não te beijo ... que coisa! 

terça-feira, 5 de maio de 2009

Respeito.

Respeito ... tudo o que nós seres humanos queremos é respeito! Não adiantam fórmulas muito bem compostas de estratégia e lógica a nos envolver no dia a dia, estudos, crises, gripes ... fome que se espalha silenciosa por um mundo submerso, um mundo igualmente silencioso que se esgueira no entardecer e na noite, catando umas coisas, roubando outras, vendendo algumas ... à margem, beira da riqueza absoluta. Talvez os antigos navegantes, os invasores destas terras, estivessem certos em um ponto: o mundo acaba depois do horizonte, quem sabe ali no horizonte, até onde nossos olhos podem enxergar, exista um abismo; um grotão de águas turbulentas que engole as pessoas de uma forma simplista, na verdade sem forma, disforme como nossa própria sociedade. Nos tornamos a cada movimento do relógio mas automatos ... movimentos pensados, olhares disciplinados, palavras repetidas, pensamentos digitais; no futuro, não serão necessáriosrobôs ou andróides pois eles já estão sendo criados agora; afinal para que investir uma quantidade inimaginável de dinheiro em algo que pode ser conseguido de forma bem mais economica? Dois aspectos do mundo silencioso que nos cerca, a fome e a transformação cotidiana; duas coisas aparentemente opostas, mas que na verdade são frutos de um mesmo arbusto; um complemento do outro, o outro o parasita de um ... simbiótica, enigmática, esférica, como a terra a flutuar pelo vazio espaço ...................