sexta-feira, 15 de maio de 2009

Atmos Fera!

Interessante como a cidade incorpora aspectos diferenciados dependendo da estação ... sim, estação, inverno e verão, alta e baixa ... tudo se transforma e passa a digamos gerir uma nova mescla de sentimentos e percepções ... o mar! O mar continua com o seu vai e vem constante, talvez em um nível mais elevado, afinal a elevação das águas já se torna um algo evidente, esta ali, a mostra dos olhos, mesmos os mais céticos podem deduzir que a agua vem vindo. Mas, isto é outro tema, outra oportunidade. Mesmo com tudo isso as águas marítimas continuam calientes, na verdade mornas, um calor que sobe pelos pés e mesmo controla o ser humano por alguns segundos, mundos, quase mundos!  Por instantes também o mar parece suspender os seus barulhos, o quebrar das ondas somem, deixando o silêncio navegar em nossos ouvidos ... somente segundos, décimos, talvez milésimos ... um silencio profundo, o mar quase mudo! Um navegar por teus pelos úmidos, afagar os teus púdicos ... puros!!! Ahhhhh! Eu sonhando novamente com as impossibilidades, metades de laranja, panela sem tampa ... quem me alcança? Quem me abraça? Braçadas na agua, me afasto, me desfaço; à um passo de meus mais nítidos sonhos, meus mais nebulosos sonhos; sim os sonhos possuem essa conotação ambígua, esta dualidade de momentos e instantes ... novamente o tempo, o deus Kronus e sua infatigável sensação ... o tempo perdido não volta atrás, mas quem disse que podemos perder o tempo? Quem disse que o tempo é uma mercadoria? Um artigo? Um bem? Um utensílio? O tempo é mais, é mais vunerável que nossos sonhos, é mais intragável que um tombo ... de cara no chão, focinho estatelado em um estrado, um estralo no meio do cérebro .... pregO! Carpinteiro ou marceneiro? Metalurgico ou professor? Comandante ou pensador? Que importa? A quem importa? Um porta ... uma porta aberta em meio a tantas mortas ... hortas de vida, lavouras de luta ... rua nada deserta por onde trafegam veículos às pressas. Voltemos às estações, os tempos que o tempo modifica conforme o andar da esférica figura, mudanças e cronologia, horas que passam, dias que andam, semanas que me tornam insano ... mundano .... humano! Um ramo de oliveira, ou quem sabe de qualquer outra planta ... de qualquer outra planta ... anda! Anda por sobre a prancha, no mar mergulhar e as mãos atadas tentam nadar ... nada! Nada, apenas te vejo e não te beijo ... que coisa! 

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