segunda-feira, 26 de abril de 2010

Faço, estou, sou!

Faço! Fumo dimais, bebo dimais, como dimais ... preguiça, o dia a dia que me avisa quando for a hora da partida; ida e vinda, transição em várias partes ... vida! Somos a vida que levamos, levamos a vida que podemos; a que queremos? Esta é como um sonho, insistente, mas apenas um sonho.
Estou! Barbudo, cabeludo, gorducho, com dores aqui e ali, meio surdo, um tanto difuso, um monte abstrato ... voando alto, baixo, nunca mediano, meio do ano ... plano, plano por entre estruturas, esculturas, gravuras, nervuras, aberturas ... ainda me aturas? Quantas voltas destes na lua, quantas vestes despiste no olhar, quantas horas perdeste olhando o mar?
Sou! Aluno, eternamente aluno!
Doido, apenas um maluco, o cuco de um relogio no vai e vem das horas. Sarcástico, atento, mudo, te escuto dizer, mas não me pergunto o que? Te faço sorrir, mas não me pergunte o porque? Te deixo sonhar, mas, novamente o mas, não me questione o ser! Ser assim anárquico, ateu, plabeu, homofóbico, politicamente incorreto, intrinsicamente chato, imparcialmente um saco!
Sapo e não príncipe, um chiste, uma lorota ... anedota. Finjo que sou poeta, atleta, asteca, astuto ... estudo a forma das coisas, as coisas em suas fôrmas, transformo as formas em coisas, deformo as normas e as ordens, engulo as palavras como se fossem lágrimas.
Assim, nem bem nem mal, na verdade mais inclinado ao mal, sou real, sou banal, me encontro a bordo de uma nau, de rumo incerto, de peito aberto, de um jeito terno ... mas não de terno.

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