domingo, 8 de agosto de 2010

oi filho!

Pai de araque,
Sou pai de araque!
Displicente,
Inconsciente,
Ausente.
Mas depende do ângulo,
Da forma que você vê,
Como você enxerga,
O que você espera da vida,
Não queria você que eu fosse chato,
Pelo menos mais chato que já sou.
Não desejaria que eu fosse estático,
Mais do que já sou.
Não gostaria que eu fosse mágico,
É isso eu não sou,
Não sei dizer sobre o amanha,
Não sei explicar o que já passou,
Não sei se deixo transparecer,
Que sou aqui e agora,
Que estou aqui e agora,
Pro que vier acontecer.
Aconteça,
Acorda desta moleza,
Faça,
Aconteça.
Acontece que te conheci,
A quase vinte e três anos atrás,
E nesse tempo venho ficando pra trás,
Pareço carro velho,
Que já não anda, só engasga.
Pareço motor cansado,
Barulhento e soltando fumaça.
Pareço teu pai
E sou!
Um forte abraço!

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