sexta-feira, 6 de agosto de 2010

palavras distantes

Tem gente que me assusta,
Assusta e muito!
Aquela malemolência inversa,
Aquela maledicência perversa,
Jogos de louvor e boa conduta,
Mundos de torpor e nenhuma conduta,
Pelos menos as boas,
Conduzem-se assim as formas de um negocio,
Um oficio,
Aprendiz,
Mestre.
Contra o mestre pesam as formas de concreto,
Mas sou esperto,
Muito esperto,
Construo prédios de cartas,
Castelos de cartas,
Mas não dou as cartas,
Não dou as caras faz tempo,
Não!
Sim! Faz tempo sim,
Faz tempo que não dou as caras,
Sumi no dia,
Em plena luz do dia,
Ao meio dia,
De um dia deverão,
Dia quente de verão,
Fui!
Fui por ai,
Olhando aqui, ali!
Somente olhando,
Vendo teu olhar em qualquer lugar,
Mesmo sendo vulgar,
Mesmo sendo altar,
Mesmo sendo mural ...
Jogral.
Um coro de vozes sem sentido,
Coral que canta mas não encanta,
Vogal,
Consoante,
Palavras distantes!

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