sexta-feira, 30 de julho de 2010

metamorfoses

No casulo,
Enclausurado,
Mudo!
Aqui me transformando,
Que sabe no que?
Um ogro,
Monstro,
Atônito?
Antônimo do autônomo,
Autômato,
Automático,
Emblemático,
Arcaico.
Jogos de palavras,
Sem sentido,
Sem juízo,
Sem isso.
Sem isso de querer me dizer o que querer,
O que ver,
O que ouvir,
Basta!
Basta bastantão,
Basta de montão,
Não quero um monte de coisas,
Apenas umas poucas.
Poucas coisas formando uma pequena pilha,
Ilha,
Ilha dos segredos,
Dos tesouros,
Dos louros,
Dos Cesares,
Dos Kzares ...
Azares ...
Altares ...
Linhagens ...
Linguagens ...
Paisagens ...
Chega! Queria de fato dizer:
Metamorfoses!

vá lá dar queixa!

Passos resvalam pelo assoalho,
agora pisam no tapete que não é magico,
deslizam pelo um mundo real,
flutuam bem ali na esquina,
partem apressados quando o fim do dia se aproxima.
Pés,
pés pra que ti quero?
Pernas,
pernas pra que ti quero?
Quero para o ar,
de pernas pro ar,
agora com que eu vou rimar,
as pernas e o ar?
Com que vou rimar?
Com quem vou rimar?
Remar contra a correnteza,
incerteza,
presteza ...
vá lá dar queixa,
na delegacia,
na padaria,
na putaria ...
vá lá dar queixa!

RINDO

CONTINUO RINDO,
A TOA,
NA BOA,
COM TUDO.
COM TUDO QUE NÃO TENHO DIREITO,
COM MUITO,
COM POUCO,
MUITO POUCO É MAIS FÁCIL DE OUVIR,
MUITO MUITO É DIFICIL,
É DIFICIL,
EDIFICIO ERGUIDO A TOQUE DE CAIXA,
DOIS,
TRES,
QUATRO;
QUANTAS CAIXAS,
QUANTAS QUEIXAS,
QUANTAS GUEIXAS.
HUMMM GUEIXAS,
DONZELAS EM APURO,
PRINCEZAS EXPOSTAS EM UM MURO ...
CONTINUO RINDO,
RINDO A TOA,
RINDO NA BOA,
RINDO COM TUDO,
RINDO.

rir

Vou ainda rir muito de tudo isso,
como sei disso?
Não me pergunte,
não sei responder.
Não sei te dizer se simplesmente sei,
se normalmente acredito,
imparcialmente idealizo.
insisto, vou muito rir disso,
vou sim,
não risada de escárnio,
não riso de austucia,
rir,
rir de forma assim displicente,
incoerente,
e porque não
indescente?
incandescente,
crescente,
ente,
mente,
vivente.
Ser vivente!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

trancos & barrancos

Folha em branco,
Pensamento em branco,
Um branco,
Deu branco!
No que?
Não sei, esqueci!
Esqueci o que tava pensando
E fiquei olhando para a folha em branco,
Não mais de papel,
Agora Windows,
Agora Word.
Não mais folha,
Agora tela,
Mas não aquarela.
Tanto faz na verdade,
Tanto faz!
O que importa de fato é compor as palavras,
Dar ritmo as frases
E sentido aos versos;
Que sejam bons,
Que sejam ruins,
Versos,
Dispersos versos aprisionados em meu pensamento,
Que passa em branco,
Em branco pela folha e pela tela,
Aos trancos pelos bites y memórias,
Aos barrancos em meio aos versos ...
Trancos & barrancos,
Tangos & boleros,
Tragos & botecos.
Veros
Versos
Versos veros
Sonetos velhos
Tempos modernos

portas, telhados & janelas

Nem faço nem idéia do que posso acontecer,
Isso não é brilhante?
É sim!
Veja só:
Talvez finalmente a tal estrela,
Aquela que diziam que era minha resolva dar as caras,
Apareça por ai em qualquer momento.
Talvez as coisas comecem a fluir de outra maneira,
Maybe.
Tudo é possível,
O impossível soa meio que tolo,
Um tanto quanto presumível,
Inaudível!
Hoje estou vel,
Incrível!
Há, há , há!
Comecei a gargalhar,
Dar risada,
Quase cantar.
Sei lá por quê?
Não sei mesmo!
Sei não por que!
Porque teria que saber?
É!
Não quero mais saber,
Me basta esse,
Não quero mais saber!
Basta-me este.
Este ai qualquer,
Saber mesmo de esquina,
Conhecer mesmo na espinha,
De peixe ...
Espinha de peixe presa na garganta,
Esquina da vida que se descortina
Em quatro cantos,
Quatro lados,
Quantos lados?
Quatro?
Não, não seja otário,
Além do caminho,
Existem portas, telhados e janelas ...

pedra, tijolo, ovo

Sei, e ao mesmo tempo não!
Que escrevo versos bobos,
textos tolos.
Palavras dispersas,
pérolas de brilho falso,
entretelas de um assalto.
Assalto de idéias,
asfalto sobre vieleas,
povoados,
descabelado.
O cabelo cresceu,
mais até que eu queria,
mas acabei acostumando,
deixando,
não mais me queixando,
não mais me esgueirando.
Balelas!
Paralelas!
Paralelepipedo guardado em um bolso,
esquecido em um bolso,
mesmo assim ainda pesa,
afinal é pedra,
é rocha,
pedra jogada em um lago,
pulando e deslizando;
rocha atirada do alto,
chocando e arrastando.
Chocando um ovo,
arrastando um tijolo,
construo uma casa ou te jogo o ovo?

melhor ainda

Hoje não vim trazendo idéias,
hoje não vim carregando histórias.
apenas vim!
cheguei assim como quem não queria nada,
fui tomando conta do pedaço,
fui separando tudo aos pedaços,
fui olhando o mundo em pequenos cacos;
devem ser os tais fragmentos,
que me acompanham neste momento,
talvez seja a hora de junta-los,
pelo menos talvez coloca-los em um receptáculo.
um vidro!
um pote!
quem sabe um jarro!
de água pura e limpa,
de vida ...
nada pura ...
mas pelo menos limpa.
limpa ai tua sujeira,
deixa de moleza,
deixa de rolar na poeira.
Um dia, a muito tempo atrás me mandaram um verso,
ele dizia mais o menos assim:
que o mundo me esperava,
que deveria sacudir a poeira do destino
e seguir,
rumo ao mundo,
rumo ao desconhecido,
rumo desconhecido;
nada melhor que não saber nada do amanha,
nada melhor que descobrir que cada manha é diferente,
melhor ainda,
melhor ainda buscar a vida
em meio a tormentas e fortes ventanias.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

tarde

Tarde!
Tardinha meio que nubla, meio que chove.
Assim nem quente, nem fria,
Morna,
Amorna ai um leitinho,
Si aquieta ai num cantinho,
Na verdade brinque,
Com alguém brinque,
De procurar lugares escondidos,
Procurando assim bem de pertinho,
Achando aqui,
Acolá,
Um lugarzinho ... quentinho ... bão de brincá!
Bão dimais da conta,
Bão de montão,
Tantão!
Passear por curvas definidas,
Trafegar por montanhas nuas,
Perder-se em uma pequena mata,
Regato escondido,
Recato escondido ... nada disso!
Perder-se em meio a uma tarde morninha.

41

Agora julho tem quarenta!
Quarenta anos,
Quarenta e tantos quis dizer.
Quarenta dias,
Quarenta menos dez desejei me referir.
Desejei me referir?
Na verdade desejaria dizer,
Que não conheço verdades,
Que não temo mais as vaidades,
Que não sei mais o que são maldades.
Quarenta são os versos,
Que hora escrevo,
Que hora perco no pensar,
Que minuto vejo, no outro disperso.
Desperto mais um dia,
No meio da tarde,
Não do sono
Mas do pensamento,
Não em sonho
Mas em elemento.
Flesh and blod,
Carne e osso,
Matéria e anti-matéria,
Uma artéria que pulsa,
Veia que salta,
Bombea,
Como mangueira carrega,
Leva o liquido precioso,
Lava internamente o corpo,
Aquece o ser ansioso.

monstro

Tem horas que eu me acho assim ... um monstro,
Horrendo,
Asqueroso,
Pegajoso.
Um monstro que veio para transformar teus sonhos ... pesadelos.
Um monstro assim de tentáculos,
De ornáculos,
Tabernáculos,
Oráculos.
Monstro assim,
Assim de mentirinha,
Brincadeirinha,
Sou monstro não,
Apenas roubo luares,
Somente furto olhares,
De certa forma sou dono dos ares,
Possuidor de nenhum lugar,
Detentor de pouco valor.
Me de ai um valor,
Monetário,
Histórico,
Insólito;
Me de ai um olhar,
Vago,
Inexpressivo,
Solido;
Me de ai um sentido,
Inverso,
Regresso,
Em forma de verso,
Frente,
Verso ...
Versos!

iiiii

Pingo no i!
Coloque os pingos nos is.
E agora?
Como o i já tem pingo,
O que fazer?
Como os is já possuem pingos,
O que querer?
Queria apenas por os pingos nos is,
Desejava apenas .....
iiiiiiiii ....
Queria nada não!
Desejava nada não!
Desejo e querer,
Querer um desejo,
Desejar um querer.
Mas e ai?
Além do pingo, colocar um a para o pingo acompanhar,
Acompanhar também o i.
Mas e agora?
Agora complicou,
Agora não tem nada a ver,
Com o i,
Com o pingo,
E com o a!
Agora embananou,
Misturou,
Escorregou.
Escorregou na casca,
Casca da banana,
Estatelou,
No chão estatelou.
Escafedeu,
Ao escorregar na casca e estatelar no chão,
Escafedeu!
E eu apenas queria por o pingo no i,
Queria apenas por os pingos nos is,
Ai, novamente o i, o pingo e o a,
Tornou tudo ao mesmo lugar,
Voltou tudo ao mesmo lugar!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

novo

MERA ILUSTRAÇÃO
DEIXO MEU RETRATO EXPOSTO EM UMA FOLHA DE PAPEL CARTÃO
CARTOLINA
SERPENTINA
HOJE NÃO É CARNAVAL
HOJE NÃO TEM ROUPA NO VARAL
GENTE NO QUINTAL
A GENTE NO QUINTAL
COLHENDO COISAS
PEGANDO OUTRAS
COISAS
ASSIM DE FORMA
SIMPLES
NA FORMA QUE DEVERIAM SER
FORMA DE SER
SER DE UMA FORMA
QUE NÃO SEJA A DE AGORA
AGORA QUE VOU DESLIZANDO PELO CAMINHO
CAMINHANDO
ANDANDO
NADA DE CORRERIA
NADA DE FIM DE DIA
SOMENTE COMEÇO
TODO NOVO DIA
UM COMEÇO DIFERENTE
UM DIA DIFERENTE
NOVO COMEÇO

fucinho

Bolas distribuídas pela mesa,
caçapas,
giz,
tacos na mão!
Bilhar!
Jogo de bilhar,
Bom, eu não sei jogar!
Opto pelas bolas de modo singular,
A esmo,
Eu mesmo,
Como sempre jogo o jogo,
De modo imperfeito,
Um tanto quanto sem jeito,
Me ajeito,
Dou um jeito,
Encontro uma forma de jogar,
Talvez caminho longínquo,
Nem sempre tranquilho,
Nem sempre facinho,
Fucinho;
Em quase tudo enfio o fucinho,
Mas,
Voltando ao caminho,
Pergunto:
Quem colocou esta moita de espinhos no caminho?
Quem achou a pedra que falava o poeta?
Quem rolou a rocha montanha acima?
Quem?
Quem me dera ser de vidro,
Assim todos poderiam ver através dos meus sentidos,
Todos poderiam sentir através de meus instintos,
...
Sinto que sinto e ao mesmo tempo também sinto,
Sinto muito!
Sinto tanto!
Que nada sinto!
Como se fosse de vidro,
Nada sinto.
Como se fosse num jogo,
Nada sinto.

i c.

i c.
i se.
E se!
Escreve-se apenas o que você quisesse ler?
Fala-se somente o que você gosta-se ouvir?
Sonha-se simplesmente o modo que você deseja-se viver?
Seria uma fabula,
uma lenda,
estória?
O que poderia ser, a não ser o que sou?
Um astro?
Um acaso?
Um bardo?
Não um bardo não,
Não posso pois não sei tocar sequer um violão,
vilão de teus pecados,
rufião de tuas gargalhas,
ladrão de tuas casacas.
Abraça-me!
Me deixa tatear o teu corpo,
Buscar o delírio,
Bancar o bandido.
Deixa eu roubar o teu ouro,
tesouro ...
permita-me tirar-te um sorriso,
riso,
gargalhada.
Fazer rolar,
rolar de rir ...
vou enrolar o bigode
e sorrir com certa maldade,
crueldade,
cara de mau,
intenções,
más intenções ...
muito más,
muito mais,
além do que
você possa imaginar!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

bem geladinha

Perdido,
Feito cachorro em dia de mudança,
Instintos aguçados,
Olhares assustados,
Ferocidade aflorada;
Que nada!
Curto as mudas,
Mudanças,
Transformações.
Senão seria a vida,
Uma pagina em branco,
Pagina não escrita,
Palavras não lidas.
Com o que lidas,
Como se viras?
Apenas ria!
Sim, apenas ria,
Sorria,
Gargalhe,
Gargalhe profundo,
Sorria contente,
Ria displicentemente,
Intrinsecamente,
Torno-me eloqüente,
Vivente,
Ardente ...
Gente,
Queria ser gente,
Pessoa,
Persona,
Nom grata,
Nomeada,
Nômade ...
Cruzar as terras distantes,
Feito viajante,
Feito navegante.
Acho que estive num destes barcos,
Nestas tais caravelas,
Quem sabe cheguei a muito,
Vindo do outro lado do mundo.
Quem sabe cheguei a pouco,
Vindo do bar dali da esquina,
Vê-me uma cervejinha,
Bem geladinha!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

veto!

Que mais escrever?
Deixa eu ver!
Deixa eu olhar tua vida,
deixa eu brincar na rua,
feito criança descalça,
feito moleque de rua,
tipo vida vadia,
tipo vida de rua;
a tua rua quem sabe,
a tua palavra desnuda.
Gosto de olhar bundas,
femininas, felizmente;
não me levem a mal,
sou assim!
Meio levado,
muito danado,
de tudo assanhado,
assado dos dois lados,
grelhado ao molho pardo,
um bardo!
Um bardo digital,
um dardo de rumo incerto,
decerto,
por decreto ...
um veto!

50%

Nossaaa! Que filme bão!
Vi agora o reclame dos Fantasmas de Marte,
filme bão!
Bão dimais da conta,
melhor que isso não há,
ainda não existirá,
quem sabe se orientar?
Dizer qual o caminho seguir?
Dizer qual destino escolher?
Colher frutos,
colher abóboras,
falar aboboras,
tipo assim:
Não lembro se abobora tem acento,
não lembro mesmo,
e assim desse jeito,
escrito de duas formas,
pra deste jeito ter no minimo 50%,
50% de chances,
50% de lances,
50% de propinas,
50% de cervejinha.
Mitad, mitad!
Meio a meio!
Bem no meio,
50%

perturbes

Fortuito pela rua ando,
olhando de um lado,
olhando do outro,
ligeiro,
sempre ligeiro,
certeiro!
O carteiro não trouxe mais cartas,
O porteiro não diz mais bom dia,
O lixeiro passa bem a hora que quer,
O leiteiro, cade o leiteiro?
Não, não existe mais leiteiro,
Não, não existe mais letreiros,
Talvez, talvez ainda haja vida,
Talvez, quem sabe ainda haja saída,
Certeza, a isso tenho certeza,
o fim ainda não é aqui,
nem agora,
nesta hora.
Hora que passa,
hora que avança,
ora bolas!
Não me pertubes agora,
me deixe aqui fazendo um desenho do mundo,
melhor dizendo esboço.

coisa!

Gracias a la vida, que me a dado tanto ...
este fragmento de música,
nos diz tanto!
Nos diz um tanto!
Um tanto de coisas,
sei lá!
Coisas assim que acontecem,
que vão acontecendo,
surgindo,
sumindo,
aparecendo de novo.
Que coisa!
Que coisa é essa?
Coisa doida,
coisa enfadonha,
coisa,
coisona!
Mas que coisa!
me lembrei de uma coisa!
me esqueci de outra coisa!
coisa!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

o que levas?

Corpo matado!
Cortado,
Aos cães jogado,
Afogado!
Como é gozado,
Este ser dito humano;
Mata,
Trucida,
Retorce,
Distorce!
Diz que não matou,
Mas tudo diz que sim.
Fala que não fez nada,
Provas dizem que sim.
O que provas disso tudo?
O que levas para a cova?
Certezas?
Incertezas?
O que levas?

ria!

Pra alguém tá bom!
Não é pra mim,
Talvez não seja pra você,
Mas para alguém tá bom.
Intão tá bom,
Desta forma esta praticamente justo,
Injusto seria dizer que podia ser diferente,
Não com aquele ardor revolucionário,
Mas um algo mais igualitário,
Menos otário.
O monetário tem dominado,
Subjugado,
Ocultado;
Um poder de fato imaginário,
Pois o dinheiro de hoje,
Apenas virtual!
Ritual de troca de títulos,
Troca de nomes,
Troca de donos;
Money?
Apenas uma transmissão recebida,
Um click de botão,
Que nada,
O teclado silenciou!
Selecionou que deveria ficar,
Quem deveria partir,
...
Sem adeus ou despedidas,
Sem choros,
Risos,
Alegria!
Ria!
Apenas, ria!

aqui

Dont panic!
Na verdade tenha sim,
Tenha pânico,
Ódio,
Amor,
Saudade,
Enfim ... sentimentos,
Tenha todos,
E se possível de uma vez,
Uma salada,
Misturada,
Temperada,
Preparada.
Tenras folhas,
Suaves temperos,
Sabores,
Cheiros!
Prato perfeito,
Saboreado à sombra de um arbol.
No tengas pânico!
Em La verdad lo tienga si!
Asi como los demas sentimentos,
Asi como todos al mismo tiempo.
AL mismo!
Ao ponto!
Tah pronto ai o meu contra na chapa,
Mais fritas, feijão e salada;
Comida barata!
Alimenta e faz crescer,
Pro alto,
Pros lados ...
Arredondado!
Arredondado vou rolando por ai!
Bolado vou sorrindo por ai!
Soldado, matando por ai!
Poeta, viajando por aqui!
Viajando por aqui!
Por aqui!
Aqui!

se, somente se!

Se, somente se!
Tudo fosse diferente,
De outra forma,
Com outra gente,
Como seria?
Talvez apenas alegoria,
Quem sabe uma parte de um dia,
De certa forma um dia,
Incerta forma que tropeças pela vida,
Conserta tuas derrotas,
Conserva tuas vitórias,
Sobreviva!
Saiba quem és,
Sejas quem for,
Uma flor,
Um espinho,
Um vaso vazio!
Insistas em querer,
Em verter
Em ser!
Ser diferente, na verdade indiferente;
Ser transigente, na realidade disponível aos ventos;
Ser eloqüente, sem vaidades diga apenas o que interessa.
Não me venhas com lorotas,
Não me venhas com anedotas,
Tenha em mente apenas o que importa,
O que te importa,
Quem se importa?
O que se importa da China,
Bugigangas,
Tranqueiras,
Besteiras?
O que se importa da vida,
Historias,
Contos,
Sonhos?
Quem se importa?
Em quem jogamos a torta?
Em quantos jogamos a culpa?
Em quais buscamos a face oculta?
Muitas perguntas para poucas respostas,
Na verdade uma única,
Nenhuma!

Ahh

Ahh!
Eu fiz merda,
Muita merda,
Assim grande,
Não pequena.
Mas, tenho a seguinte opinião:
Se for fazer merda,
Faça merda grande,
Não vem fazer merdinha não!
Merdinha não vale,
É muito pouco, tem que ser grande.
Mas eu aqui falando de merda,
Enquanto isso o dia lá fora passa devagar,
Lento,
Quase sonolento.
Quase merda.
Mas, pensemos bem,
Você pode estar na merda,
Viver em um mundo de merda,
Ter pisado na merda,
Ter ficado o pé na merda,
Que merda!
De texto,
De dia,
De merda.

Soslaio

Assim de soslaio,
Abri uma porta e olhei um pouco do passado,
Uma fresta,
Apenas uma fresta!
Festa!
Ehhh, festa!
Adoro festa,
Churras,
Cervas ... muitas cervas,
Um sonzinho,
Quem sabe um showzinho,
Um sozinho relembrando,
Um pouquinho lembrando,
Um tantinho sorrindo,
Espanto fingindo,
Olhares ferinos,
Femininos,
Místicos.
Viajo no tempo,
No espaço,
No espaço tempo de uma simples pegada,
Jangada lançada ao mar,
Praia distante,
Perdida num sonho,
Achada feito as luzes do luar,
Raiar do sol,
Fragmentos do sol,
Uma estrela a queimar,
Gases,
Rochas derretidas,
Apenas um olhar no passado,
De soslaio.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Enfiando a linha no buraco da agulha

De um modo impreciso,
Olho,
Miro,
Ajusto e enfio a linha no buraco da agulha
Traçando uma reta de curva infinita,
Dançando no espaço como se fosse vela,
Vela de barco!
Vela de caravela!
O vento infla minhas pretensões,
O ar insufla minhas alucinações,
E eu ali como vela apenas me prendo aos mastros,
Apenas seguro com força ...
Medo de voar,
Receio de encontrar,
Pavor de transformar.
Ar e vento,
Conjunto de um fenômeno natural,
Rural,
Urbano
Terreno.
Ar e vento,
Um sopro,
Uma brisa,
Uma tormenta.
Entre os três escolho a tormenta,
Entre os três escolha a que me alimenta,
Entre os três escolhes a que mais te parece.
O barco balança,
O caldo entorna,
A água espirra ... vento descontrolado,
Deste lado,
Daquele lado,
Vento!
Frio,
Gelado,
Carregado.
A caravela entorna,
A vida balança,
O tempo atiça ... fogo arde,
Queima,
Transforma tudo em cinzas.

roupa de ver Deus!

Luzes, câmera, ação!
Sorria você esta na televisão,
Pouco importa que seja somente avacalho,
Pouco importa que seja meramente otário,
Muito importar estar na frente das câmeras,
No brilho das luzes,
Na ação da programação.
Luzes, câmera, ação!
Sorria você esta sendo filmado,
Apareces de soslaio,
Apareces como suspeito,
Surges quase um ser rarefeito;
Perfeito!
Perfeito este teu lado esquerdo,
Ficas bem na foto,
Ficas bem no retrato,
Filme em preto e branco,
De uma loja,
De um banco,
De uma rua.
Filme colorido,
De um cinema,
Um bar,
WC publico.
Tá lá você sem camisa,
Com as calças na mão,
As alças do vestido ainda caídas,
As vestes ainda arriadas,
As roupas já gastas!
Desalinhadas!
Deformadas!
Detonadas!
Luzes, câmera, ação!
Voce na televisão,
Vestindo a roupa de festa,
Ou como diziam,
A roupa de ver Deus!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Troça sem frevo

Hoje não tô lá muito com vontade de escrever,
o que fazer?
Talvez seja preguiça!
Talvez seja o "lindo" dia!
Talvez seja o ficha limpa!
Piada, nada mais que piada!
Jogada, mais uma jogada,
bem planejada,
bem executada,
bem bolada.
Ainda em ritmo de copa,
tudo se resume a uma partida,
na calada da noite,
a noitinha.
Assim, desse modo:
projetos aprovados,
normas mudadas,
coisas modificadas.
Agora tantas leis,
tantas regras,
cuidado!
Cuidado pois senão te proibem de andar,
respirar,
sorrir,
chorar e muito mais.
A sociedade se moderniza e mais ainda escraviza,
mais ainda se prende a minucias,
a astucias,
escutas ...
burkas, proibidas na terra da igualdade;
luvas, proibidas na terra da liberdade;
bruxas, proibidas na terra da fraternidade.
Como disse não tava afim de escrever,
e desse jeito saiu assim,
esse troço sem jeito,
essa troça sem frevo.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

monte de bosta

Minha mente anda estranha,
Pensando tudo em forma de rimas,
Contexto de poesia,
Abstratas formas delimitam minhas alegorias,
Alegrias,
Alergias.
Alérgico ao descaso,
Alérgico ao desuso,
Alérgico aos abusos.
Abusos do poder,
Abusos do querer,
Abusos do ser.
Ser indiferente,
Diferente,
Pouco prudente,
Um tanto eloqüente.
Quente!
Me de uma bebida quente neste dia friolento,
Neste dia sonolento que se arrasta,
Neste dia sonolento que me arrasa,
Neste dia sonolento dentro de casa.
Dentro de uma casca,
De noz,
De árvore,
De tempo!
De um tempo!
De um vento!
De um elemento!
Excremento disposto em uma sacola,
Ao abrirmos vemos que tudo é bosta,
Bosta do mesmo saco,
Bosta que dá asco,
Saco de bosta
Que bosta!
Poe a tua bota e saia por ai no meio da lama,
Sai por ai no que restou da cidade,
Pequena,
Pobre,
Ingênua,
Cidade!
Cidade de bosta,
Bosta de cidade carregada por um monte de água,
Monte de lama,
Monte de bosta!

somente

Seis,
Sete,
Dez,
Valete!
Cartas dispostas em um verde pano,
Cartas postas em uma caixa de correio,
Cartas enviadas de um modo eletrônico!
Catatônico!
Cata o tônico e toma,
Bio tônico Foutura,
Bio tônico fartura,
Bio tônico de ervas desconhecidas,
Toma!
Bebe!
Inebria!
Cachaça,
Água,
Água ardente,
Água quente,
Águas calientes!
Toma!
Bebe!
Inebria!
Somente avisa que não vais parar,
Somente informa que não quer parar,
Somente para quando não mais agüentar,
Somente minta quando a verdade não puder falar,

coitado

Sou negociante,
Vendo palavras como se fossem batatas,
Bananas,
Miçangas!
Mas, me engano no troco,
Me de aqui sua grana,
Engano-te!
Engano-me!
Estranho-me!
Mais avesso que teus adereços,
Mais distante que teu endereço,
Mais farsante que teu carnavalesco.
Que rima incipiente,
Que verso mais iniciante,
Vazante,
Vazam as águas da chuva por entre cidades e vitimas,
Vazam as lágrimas,
Vazam as vidas,
Vazam os móveis,
Vazam as tristes melodias.
Enxurrada de lama e líquido,
Arrastando tudo,
Carregando quase todos,
E nós de olho na Band,
E nós de olha na copa,
E nós fechando os olhos,
Fechando a boca,
Festejando a copa,
Jabulani!
De novo a bola,
A bola da vez,
Desta vez, tua vez,
Tua tez enrugada,
De sol,
De aridez,
De água,
Tez enrugada,
Cheia na madrugada,
Lá vai a cama como uma nau abandonada,
Lá vai a TV ainda ligada,
Lá vai o corpo de um pobre coitado,
Coitado!
Coito!
Cuidado!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Lúdicos

Brincar com as palavras!
Jogar tolas palavras,
toscas falas,
o que falas?
O que ouves?
Precisa de favores?
Quem sabe flores?
Jogar com as palavras!
Brincar com tolas frases,
todas as fases,
principalmente,
preliminares,
inicialidades,
finalidades ...
Palavras que brincam,
Palavras que jogam,
água fora da bacia,
lágrimas escorrem da face macia.
Palavras que jogam,
frases que brincam,
como crianças, brincam!
De manha,
a tarde,
ao anoitecer ...
brincam!
Brincam sem cansaço,
jogo de orgasmos,
múltiplos,
variados,
únicos ...
não púdicos,
não públicos,
não líricos,
lúdicos!

Sapo!

Frag,
fragmentado,
meu cerebro até parece fragmentado,
fragmentos!
Por isso escrevo deste jeito,
por isso lanço pequenos pedaços de texto
no hiperespaço,
no hipermercado,
no hiperestado ...
havia estado,
em algum lugar;
havia chegado,
em qualquer lugar;
havia avistado,
um qualquer olhar!
Sou penetra, nem um pouco atleta,
quase banguela,
quase de bengala,
quase branquelo.
Onde foi meu bronzeado,
manchado bronzeado,
bicho malhado,
bicho danado!
Fragmentado!
Fragmento!
Frag!
Frog!
Sapo!
Não príncipe, sapo!

Água

As plantas!
Nascem, crescem e no mais somente precisam de água,
água da chuva,
água da bica,
água da torneira!
Liquido que flui pelas entranhas do planeta,
se espreme por entre rochas,
se esgueira por uma fresta,
se expande formando uma cachoeira,
quedas d'água,
quedas de cabelo,
quedas de fétido cheiro ...
polui a poluição,
usufrui a população,
cristalino liquido,
sem odor,
sem sabor!
Sabor das águas limpidas,
sim, água tem sabor,
como tudo na vida,
tem sabor ...
mas não me pergunte qual?
Pois não saberei identificar,
sabor de água e nada mais,
sabor de água e muito mais,
água!

Etc e tal!

Io! Ho! Ho!
Uma garrafa de rum!
Duas garrafas de rum!
Pirata da perna de pau,
nariz de palhaço e
cara de mau!
Cara de palhaço e
nariz de mal!
Pirata palhaço,
palhaço pirata ...
vou saquear tuas valiosas pratas,
teu ouro,
teu maior tesouro,
segredo,
desejo,
ensejo!
Vou pilhar teu pensamento mais infinito,
vou pilhar o teu ser,
querer!
Querer acreditar em algo,
mas não ser fato alguém apto a tal,
etc e tal!
Querer subverter a razão das coisas,
etc e tal!
Querer estabelecer regras de impropria contuda,
etc e tal!
Io! Ho! Ho!
Uma garrafa de cachaça,
e que fique somente numa que duas não dá não,
duas é muito,
o figado reclama!
Etc e tal!

Austrolo

O Sol surge mansinho por detrás de nuvens frias,
tarde de inverno,
inverno que surge no vento gélido,
pálido inverno,
sem cores, sem odores ...
inverno,
tempo seco e ar austero,
assim vai passando o inverno nos levando ao léo,
nos levando a serio,
nos transformando em gelo,
cubo de gelo,
gelo em cubos,
frio,
inverno ... não não quero!
Não gosto do inverno,
não gosto do frio,
não gosto do ar austero.
Austroloptecos!
Austrolosupapos!
Austrolobotecos!
Austroloamassos!

Viva ... vida!

Quem sabe um dia eu volte,
volte a pisar nesta terra distante,
volte a olhar imagens impressionantes,
mais de perto,
bem de perto,
assim,
pertinho ...
perto e longe,
distante e presente,
um olhar mais insistente,
mais caliente ...
indenscente,
frente à frente,
tudo pode se tornar diferente,
nada pode se querer alem de viver ...
Er!
Ser!
acontecer uma coisa ou outra,
esclarecer uma outra coisa,
estarrecer os olhos diante das curvas,
estancar as vaidades e mais ainda,
espalhar verdades em meio à avenida,
via larga por onde passam vidas,
viva a vida!
Vida viva!
Viva ... Vida!

Já!

Já!
Jabu!
Jaburu!
Já!
Jabu!
Jabulani!
Jabulani parou de rolar!
Jabulani parou de brincar!
Jabulani parou e Paul novamente acertou,
O polvo Paul novamente acertou,
Protagonista da copa,
Melhor jogador em campo,
100% de aproveitamento,
Paul o povo!
Até Maradona ficou para trás,
Até Iniesta seu gol apagou,
O povo Paul!
E a jabulani parou de rolar,
A jabulani parou de brincar,
Estádios vazios,
Folga para os ouvidos,
Não mais zumbido,
Não mais zunido,
Agora somente arrumar as malas e zarpar,
Nas bagagens glória,
Derrota,
Esperanças,
E o país no sul da África fica pra trás,
O povo no sul da África fica pra trás,
Desta vez Paul não acertou,
Também ninguém lhe perguntou,
Paul o povo não se enganou,
Também guisado não virou,
Já!
Jabu!
Jabulani!
Já!
Jabu!
Jaburu!
Tuiuiú!

sábado, 10 de julho de 2010

Já eras!

Dizer que certa forma e certo jeito, estejas assim meio que relegado a marginalidade econômica, ou seja, tenhas sido expulso do paraíso, o que fazer, o que ser, como se reerguer, conseguir subir a tona para respirar ... ar ... quero ar, quero ar! Poderia quem sabe sonhar que as coisas venham de outro lugar, outra forma de pensar, outra forma de olhar, um jeito novo de encarar a vida, de vivenciar a vida, de absorver o máximo do universo, o máximo de um verso, o verso e o reverso ... esperto, pensas que não vimos a tua tola e quixotesca figura, somente a barriga não se encaixa bem e tão pouco o mal ... sal ... Poe sal na carne, Poe brasa no sal, churrasco, festejo, fogueiras de são João, será mesmo do João? Ou será pagão, será fogueira de se render a terra, planeta, suave donzela, Terra, minha Terra! Nossa Terra, nossa era de destruir nossa nave, nossa arca, nossa Terra! Já eras! Já eras!

ei me dá um sorriso

Tecnologia.
Tecnolojinha.
Tecnodia.
Orgiaaaaa!
Mente violentada por diversas novidades,
Celulares,
Computadores,
Tudo ao mesmo tempo,
Um mundo ao toque dos seus dedos:
Historias,
Anedotas,
Memórias,
Trajetórias nada opostas a trilhar o caminho diverso,
Um verso solto no tempo,
Um soneto exposto,
Um rosto,
Meu rosto!
Meu rosto se desfaz,
Se recompõe,
Se modifica,
Solidifica ...
Solida estrutura que não expõe os seus temores,
Pálida criatura que não se curva diante das trevas,
Esquálida figura que navega firme rumo às quedas d’água,
Flutuas!
Flutuas nas espumas de um banho,
Nas curvas de teus enganos,
Planos!
Planos, curvos e reticentes,
Sentes?
Sementes?
Entes que trombam,
Gentes que se encontram,
Em um canto,
Num canto,
Conto,
Te conto, tudo de novo,
Novamente tudo,
Um pouco disso,
Um tanto daquilo.
Ei me dá um sorriso!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A.

Gregos e troianos.
Romanos e latinos.
Povos variados, ciganos.
Povos irados, muçulmanos.
Povos raros, tibetanos.
Povos!
Gente desconhecida.
Gente esquecida.
Gente adormecida.
Conheça!
Lembre!
Acorde!
Aborde o teu vizinho,
Abalroe o bairro,
Sacuda o mundo!
Sacuda tudo!
De pernas para o ar,
De ar para as suas pernas,
Sem mais e sem menos,
Os mesmos olhos a olhar o vazio,
Os mesmos dentes a mastigar o alimento,
A mesma alma a caminhar tranqüila,
A mesma alma a trepidar sozinha,
A mesma alma,
A mesma,
A.

alguem

Já fui alguém que hoje não sou mais!
Estranho é assim pensar,
Nos faz pensar ...
Pensar ...
Passear pela mente,
Divagar sobre assuntos inconsistentes,
Alcançar as perguntas,
Esclarecer algumas duvidas,
Concluir obvias condutas,
Me escutas?
Me ouves dizer e que tanto já foi dito?
Palpito,
Do pitaco,
Falo o que tenho dito;
Maldito!
Bemdito!
Bandito e mocinho,
Imagem e ação,
Roteiro de segunda mão.
Riso enlouquecido,
Medo emperdenido.
Hoje sou alguém que nunca fui!
Estranho modo de pensar,
Nos faz sonhar,
Viajar por entre estrelas,
Ruas estreitas,
Mentes rarefeitas,
Clareira!

palavras

Filme vagabundo,
De segunda linha,
Ruim mesmo,
Destes que nos faz detestar cinema,
Repetido,
Repetindo,
Repentino,
Super herói, mentirinha!
Super vilão, brincadeirinha!
Super hiper, falastrão!
Fanfarrão, que se arrasta por meio da multidão,
Palavrão, que se estende pelas sonoras ondas de um dia,
Ah, queria agora ouvir o estrondo do mar,
A brisa marinha,
Uma tarde quentinha,
Um sol a se por em algum lugar,
Como disse falastrão,
Muda de assunto sem avisar,
Sem sinalizar,
Que azar!
Foi seu o azar de perder a fala não dita,
Foi seu o azar de não ver a garota nua,
Foi meu o azar de não falar,
Não gritar,
Não sonhar,
Vagar!
Devagar vagar por entre sombras e vales,
Verdes vales,
Escuras sombras,
O que somas?
O que somos?
Somos somas, números, códigos,
Digitos,
Senha,
Swordfish
Password,
Jogo de palavras,
Apenas um jogo de palavras
Jogo bobo de palavras,
Bobas palavras,
Bobagens!

Polvo

E o polvo lá, ainda escolhendo seu preferido pensei até que a esta altura, já tinham definido o seu destino, quem sabe a provençal, mas não está lá escolhendo, ditando, dizendo o que lhe parece mais obvio e todos se curvam a sua ditadura a sua ingênua iguaria, este pelo menos não tem petróleo em vez de tinta, este não está envolto em óleo, não esta abraçando uma tênue água que agora fica a mercê dos jogos dos poderosos, me pergunto: não seria mais lógico explodir esta bosta de poço? O pai mais poderoso do mundo segue apenas vendo as praias virarem negras manchas, suas aves padecerem nas agora oleosas rochas, mundo irrisório, mundo irrisório este da natureza, troca, barganha, na mídia apenas um vácuo, uma aparência; parece que se importam, prece para o que se perde ... no Brasil, enquanto isso no Brasil, aprovaram o desmatamento como algo legal, agora sim se pode derrubar arvores, extinguir matas, poluir imagens ... paisagens! Pastagens e mais pastagens, carne que vai lá pra fora, que vai para a churrasqueira, que vai para a frigideira. E o polvo, inocente, segue escolhendo, mal sabendo que não tem escolha, mal sabendo que não tem direitos, mal sabendo que não é um polvo e sim povo!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

restart

Queria assim: apertar um botão e pronto restart.
Começar de novo,
desde o principio,
como se nada tivesse acontecido,
mas será mesmo preciso,
me pergunto,
erá mesmo preciso?
O que nos faz querer estas coisas meio esquisitas?
Somos personagens de game?
Somos figuras decorativas,
porcelanas,
vasos ou quem sabe latrinas ...
pedrinhas jogadas em um lago a tardinha,
contas dispostas em colar feito na China,
conchas soltas no mar,
colchas de retalhos,
noite sem orvalho.

Diversidade

Jogando paciência,
haja paciência,
daime paciência ...
quanta eloqüência!
E eu me enlouquecia a passear pelos vales escuros da própria mente,
veja o meu dente,
não é de leite,
não é um deleite,
apenas dente ...
latente ...
adjacente,
pelas adjacências,
tangentes,
tem gente!
Tem gente ai?
Me responda o minha gente!
Para que serve tua boca?
Os teus ouvidos e demais sentidos,
para que servem?
Servem apenas se usarem,
servem apenas se ousarem;
usarem as tuas imensas faculdades,
ousarem nos atos e nos retratos.
Pintas as cores que quiserdes,
colores as faces com quaisquer nuances ...
mutantes ...
trauseuntes ...
peatones.
Gente,
Forma,
Cor
E diversidade!

Jogue o sapato!

Tenho que escrever! Me veio agora esta afirmação, não sei de onde, não sei em qual locução, somente escrever: em um muro, em um oráculo, em um espetáculo ... alguma parte com certeza não me desenharam direito, não me desenharam perfeito; o prefeito diz que não haverá estádio, que quer ele: se fazer de otário? Que nada, mídia! Mas, ainda por detrás uma pequena negociata, quem sabe um pedágio, quem sabe uma eleição? Falemos então de política, li hoje que o congresso (é com “c” minúsculo mesmo) aprovou aumento de 25% para os servidores da casa, isso parece piada! Tão rindo da nossa cara, nos fantoches do jogo democrático, marionetes de poder e Money. Tudo se expõe e todos são patéticos, inclusive eu, principalmente eu, que a pouco fui tomar um suco e era laranja o danado, feitos suco por uma laranja? Afinal quem são os laranjas? Goleiro que falha na copa, goleiro que falha na glória, na soberba, na besteira feita em um minuto, na asneira feita para ser perfeita. Tinha dúvidas, sim muitas dúvidas que o Brasil fosse campeão, mas cair daquele jeito foi muito feio, feio mesmo, até parece que a ordem veio no intervalo, parem! Voces já brincaram muito, chegou a hora de parar. Seria isso algo que teoriza-se a conspiração? Não! Não deve ser não, quem sabe? Tudo é possível no mundo da política, do poder e do Money ... macarrone ... talharine ... e pizza, muita pizza ... e o Berlusconi, veio ao Brasil, passou, negociou e ainda assistiu um showzinho, mas nem se importo que o preso, aquele preso político que parece ser mais uma pedra que um sapato ... jogue o sapato em seu candidato, jogue mesmo que furado, mesmo que desbotado, mesmo que enchulezado ... quanto pior melhor ... jogue o sapato!

pará-quedas

Insisto em brincar com a lua,
Rosto claro,
Face escura ...
Dualidade,
Biodiversidades,
Como são estranhos,
Estes seres humanos,
Mundanos
Profanos
Qual verdades acreditas?
Qual maldade tu optas?
Opostas
Apostas
Anedotas?
Me faz rir o teu penteado,
Me faz sorrir o teu escárnio,
Faz-me vibrar o teu sonhar,
Voar por entre nuvens,
Ei, ei, ei!
Cadê meu pára-quedas?