sexta-feira, 9 de julho de 2010

Polvo

E o polvo lá, ainda escolhendo seu preferido pensei até que a esta altura, já tinham definido o seu destino, quem sabe a provençal, mas não está lá escolhendo, ditando, dizendo o que lhe parece mais obvio e todos se curvam a sua ditadura a sua ingênua iguaria, este pelo menos não tem petróleo em vez de tinta, este não está envolto em óleo, não esta abraçando uma tênue água que agora fica a mercê dos jogos dos poderosos, me pergunto: não seria mais lógico explodir esta bosta de poço? O pai mais poderoso do mundo segue apenas vendo as praias virarem negras manchas, suas aves padecerem nas agora oleosas rochas, mundo irrisório, mundo irrisório este da natureza, troca, barganha, na mídia apenas um vácuo, uma aparência; parece que se importam, prece para o que se perde ... no Brasil, enquanto isso no Brasil, aprovaram o desmatamento como algo legal, agora sim se pode derrubar arvores, extinguir matas, poluir imagens ... paisagens! Pastagens e mais pastagens, carne que vai lá pra fora, que vai para a churrasqueira, que vai para a frigideira. E o polvo, inocente, segue escolhendo, mal sabendo que não tem escolha, mal sabendo que não tem direitos, mal sabendo que não é um polvo e sim povo!

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