Fortuito pela rua ando,
olhando de um lado,
olhando do outro,
ligeiro,
sempre ligeiro,
certeiro!
O carteiro não trouxe mais cartas,
O porteiro não diz mais bom dia,
O lixeiro passa bem a hora que quer,
O leiteiro, cade o leiteiro?
Não, não existe mais leiteiro,
Não, não existe mais letreiros,
Talvez, talvez ainda haja vida,
Talvez, quem sabe ainda haja saída,
Certeza, a isso tenho certeza,
o fim ainda não é aqui,
nem agora,
nesta hora.
Hora que passa,
hora que avança,
ora bolas!
Não me pertubes agora,
me deixe aqui fazendo um desenho do mundo,
melhor dizendo esboço.
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