segunda-feira, 26 de julho de 2010

fucinho

Bolas distribuídas pela mesa,
caçapas,
giz,
tacos na mão!
Bilhar!
Jogo de bilhar,
Bom, eu não sei jogar!
Opto pelas bolas de modo singular,
A esmo,
Eu mesmo,
Como sempre jogo o jogo,
De modo imperfeito,
Um tanto quanto sem jeito,
Me ajeito,
Dou um jeito,
Encontro uma forma de jogar,
Talvez caminho longínquo,
Nem sempre tranquilho,
Nem sempre facinho,
Fucinho;
Em quase tudo enfio o fucinho,
Mas,
Voltando ao caminho,
Pergunto:
Quem colocou esta moita de espinhos no caminho?
Quem achou a pedra que falava o poeta?
Quem rolou a rocha montanha acima?
Quem?
Quem me dera ser de vidro,
Assim todos poderiam ver através dos meus sentidos,
Todos poderiam sentir através de meus instintos,
...
Sinto que sinto e ao mesmo tempo também sinto,
Sinto muito!
Sinto tanto!
Que nada sinto!
Como se fosse de vidro,
Nada sinto.
Como se fosse num jogo,
Nada sinto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário