quarta-feira, 14 de julho de 2010

monte de bosta

Minha mente anda estranha,
Pensando tudo em forma de rimas,
Contexto de poesia,
Abstratas formas delimitam minhas alegorias,
Alegrias,
Alergias.
Alérgico ao descaso,
Alérgico ao desuso,
Alérgico aos abusos.
Abusos do poder,
Abusos do querer,
Abusos do ser.
Ser indiferente,
Diferente,
Pouco prudente,
Um tanto eloqüente.
Quente!
Me de uma bebida quente neste dia friolento,
Neste dia sonolento que se arrasta,
Neste dia sonolento que me arrasa,
Neste dia sonolento dentro de casa.
Dentro de uma casca,
De noz,
De árvore,
De tempo!
De um tempo!
De um vento!
De um elemento!
Excremento disposto em uma sacola,
Ao abrirmos vemos que tudo é bosta,
Bosta do mesmo saco,
Bosta que dá asco,
Saco de bosta
Que bosta!
Poe a tua bota e saia por ai no meio da lama,
Sai por ai no que restou da cidade,
Pequena,
Pobre,
Ingênua,
Cidade!
Cidade de bosta,
Bosta de cidade carregada por um monte de água,
Monte de lama,
Monte de bosta!

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